Atencão básica

Adalberto Fulgêncio admite falta de médicos especialistas em JP e diz que cachaça não é remédio

Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) nega a falta de médicos e destaca que qualificação profissional não tem sido priorizada pela gestão

Adalberto Fulgêncio admite falta de médicos especialistas em JP e diz que cachaça não é remédio

Adalberto Fulgêncio, secretário de saúde de João Pessoa — Foto:Walla Santos

O secretário da Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, admitiu, nesta quarta-feira (8), a falta de óculos para os pacientes e reconheceu que o município está com carência de médicos especialistas na rede de atendimento, mas atribui o problema à falta de profissionais no mercado. No entanto, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) nega a falta de médicos na Capital e afirma que a Prefeitura é que não prioriza a contratação de especialistas.

“Na verdade as prefeituras não querem pagar pelo médico especialista, preferem recém-formados e do Programa Mais Médicos”, explicou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa. Ele orienta a população a recorrer ao Ministério Público todas as vezes que o poder público negar o atendimento médico necessário. “É obrigação do poder público garantir esse atendimento de forma gratuita, mesmo que seja necessário custeá-lo em unidades particulares”, destacou o médico.

Nesta quarta-feira, Adalberto Fulgêncio concedeu entrevista à rádio Correio e deu explicações aos ouvintes sobre as deficiências da atenção básica. Uma das reclamações é que o Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais), no bairro de Jaguaribe, não tem médicos em diversas especialidades, principalmente, Urologia e Reumatologia. 

Outra deficiência está no fornecimento de óculos pela prefeitura da Capital, que não é feito há mais de um ano aos pacientes que necessitam. A porta de entrada do serviço é a atenção básica, por meio das Unidades de Saúde da Família (USF). Mas o secretário disse que a Prefeitura está tendo problemas com a licitação e com valores.

PSF’s – Além da falta de médicos, a população também reclama do atendimento nos PSF’s em diversos bairros de João Pessoa, que vão desde a falta de medicamentos e insumos básicos para a área de saúde, principalmente da saúde do homem. Pacientes reclamaram que há casos de unidades em que os atendimentos são feitos com base no sexo do paciente. Um dia são atendidos homens e no outro, mulheres. O secretário não tem justificativa para essa forma de triagem. 

Além disso, Adalberto Fulgêncio alegou que os PSF’s não precisam ter todos os medicamentos porque trabalham com atenção básica, de forma que é feita a padronização de medicamentos, limitando a quantidade de remédios na atenção básica.

Segundo Fulgêncio, os pacientes devem obedecer aos protocolos clínicos, não podem escolher o tratamento ou exame que devem fazer. Ele avalia que as mulheres se cuidam mais do que os homens, que não têm hábitos saudáveis nem disciplina, inclusive com ingestão de bebidas alcoólicas. “Quando está com gripe, toma cachaça com limão. Cachaça com limão nunca foi remédio em canto nenhum do mundo”, disse. Para o secretário, a atenção básica não se confunde com a saúde especializada, e os cuidados com a saúde começam com a escovação dos dentes. 

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