Saúde

Cigarros com sabor e aroma começam a desaparecer do mercado

Preferido entre os jovens, os cigarros com sabor e aromatizados estão sumindo das prateleiras. Em março de 2012, a Agência […]

Cigarros com sabor e aroma começam a desaparecer do mercado

Preferido entre os jovens, os cigarros com sabor e aromatizados estão sumindo das prateleiras. Em março de 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou uma resolução proibindo o uso de aditivos como mentol e o cravo, que melhoram o aroma e suavizam gosto da nicotina. A resolução dava à indústria o prazo de 18 meses para cessar a produção desses cigarros. A venda de produtos estocados está autorizada legalmente na Resolução, que determina março de 2014 como prazo limite para comércio do acervo.

Segundo o órgão, os cigarros aromatizados e com sabor são o principal chamariz para que jovens iniciem no tabagismo, pois eles reduzem a irritação ao inalar a fumaça e facilitam o trago. No último decênio, mais jovens passaram a consumir o produto, onde 75% dos fumantes no Brasil iniciam o vício antes da maioridade.

A otorrinolaringologista do Hapvida Saúde, Danielle da Silva, concorda que o resultado da ação tem grandes chances de ser positivo. “O cigarro sem essas substâncias são mais fortes tanto no cheiro quanto no gosto e, portanto, menos prazerosos. Os aditivos têm por função potencializar o bem-estar do fumante, e quem está acostumado a ele dificilmente vai querer perder esse ‘privilégio’”, afirma ela.

 

Bomba-relógio

 

Para os fumantes ativos, o cigarro é a maior causa de morte evitável do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Já nos passivos – aqueles que recebem os malefícios das substâncias por estar próximo a alguém, mesmo sendo avessos à prática – é a segunda no ranking. Os danos causados pelo tabagismo são preocupantes em escalas diversas.

Danielle Silva alerta os principais derivados da doença. “Pode causar laringite e até câncer de laringe, que é grave e pode colocar a vida do paciente em risco”, conta a otorrinolaringologista, ressaltando o tempo médio de tratamento para casos mais graves. “A avaliação laríngea pode durar 5 a 6 anos ou até mais, com o paciente podendo até perder totalmente a voz”, adverte.

Enquanto o brasileiro vive em média 73 anos, de acordo com pesquisa divulgada pelo Banco Mundial em 2011, os adeptos do cigarro tendem a reduzir sua própria expectativa de vida de 10 a 20 anos.

 

Recuperação

 

Tempo, aliado com iniciativas saudáveis, são excelentes remédios para recuperação das mazelas causadas pelo fumo vicioso. O processo é lento e gradativo, mas possibilita que o organismo se reestabeleça naturalmente.

A médica do Hapvida Saúde orienta a quem deseja pôr um fim no tabagismo realizar avaliações de rotina com três especialidades médicas – otorrinolaringologia, pneumologia e cardiologia – responsáveis por identificar o melhor diagnóstico e encaminhar ao tratamento indicado àquele caso. “A depender do agente causador, ou seja, se o vício deriva de ansiedade, outras doenças ou dependência química, é que se avalia a necessidade de medicação ou de terapias alternativas”, explica.

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