Inspeção

DPU constata atendimento abaixo da capacidade no Hospital Napoleão Laureano

De acordo com a médica Lakymê Ângelo, as cirurgias são realizadas no prazo de 30 dias, mas esse atraso retarda o tratamento e diminui as chances de cura

Hospital Napoleão Laureano, Salário, Atraso

Hospital Napoleão Laureano (Foto: Walla Santos)

O Hospital Napoleão Laureano não chega a atender 80% da sua capacidade, estimada em mil mamografias por mês, por limitação financeira. O problema foi constatado após inspeção da Defensoria Pública da União da Paraíba (DPU), na manhã desta quarta-feira (19), para verificar as condições de tratamento do câncer de mama no Estado. 

O Hospital referência no atendimento à pessoa com câncer na Paraíba conta com três mamógrafos e três aceleradores lineares. De acordo com os médicos, o número de equipamentos disponíveis consegue atender à demanda, mas o teto financeiro do hospital limita as condições do atendimento oncológico. 

No setor de Mastologia, as pacientes são recebidas já com o diagnóstico de câncer. Entretanto, segundo a médica Lakymê Ângelo, até receber esse resultado as mulheres enfrentam uma longa espera. A demora começa nas unidades básicas de saúde, na realização da mamografia e da biópsia. 
 
Ainda de acordo com a médica, as cirurgias são realizadas no prazo de 30 dias, mas esse atraso retarda o tratamento e diminui as chances de cura. Conforme a Lei 12.732/12, a partir do diagnóstico de câncer, o tratamento do paciente deve ser iniciado no tempo máximo de 60 dias.

Os dados coletados na vistoria vão fazer parte de um relatório nacional sobre a situação do tratamento do câncer de mama no Brasil. A ação faz parte da campanha do Outubro Rosa. A DPU se reuniu com a direção geral e visitou os setores de Mastologia, Radiologia e Radioterapia do hospital. Ação integrou o Dia Nacional de Vistoriais em Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).

Participaram da inspeção a defensora regional dos Direitos Humanos na Paraíba, Diana Freitas de Andrade, a fiscal do Conselho Regional de Medicina, Cândida Fernandes de Araújo, a presidente da Associação Médica da Paraíba, Débora Cavalcanti e o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED), Tarcísio Campos Saraiva de Andrade, alem da direção do Hospital Napoleão Laureano.
 
A visita técnica ocorreu também nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, locais onde há atuação dos defensores regionais dos direitos humanos. 

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