Pesquisa

Efeitos do vírus da zika vão além da microcefalia

De acordo com o estudo, danos podem ser ainda mais graves, já que o vírus tem a capacidade de destruir áreas importantes do cérebro

Efeitos do vírus da zika vão além da microcefalia

Pesquisa foi realizada em 45 cérebros de bebês brasileiros tratados no Instituto de Pesquisa de Campina Grande, na Paraíba — Foto:Divulgação

Uma nova pesquisa revela que o vírus zika vai muito além da microcefalia, quando os bebês nascem com o crânio do tamanho menor do que o normal, prejudicando o desenvolvimento mentar e motor deles. De acordo com o estudo, revelado pelo Jornal Nacional neste sábado (27), os danos podem ser ainda mais graves, já que o vírus tem a capacidade de destruir áreas importantes do cérebro.

A pesquisa realizada pelo Instituto D’or de Pesquisa e Ensino e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro é da autoria das médicas Fernanda Tovar-Moll e Patrícia Oliveira. Também participaram a Universidade Federal de São Paulo, em parceria com a universidade de Tel-Aviv, em israel, e com o Children´s Hospital de Boston, nos Estados Unidos.

Foram reunidos 45 cérebros de bebês brasileiros tratados no Instituto de Pesquisa de Campina Grande, na Paraíba, e que foram infectados com o vírus da Zika.

O estudo comprovou que o vírus da Zika provoca alterações no corpo caloso, responsável pela comunicação entre os lados esquerdo e direito do cérebro; no cerebelo, que estabelece o equilíbrio e tem influência na atividade motora; nos chamados gânglios da base, também ligados ao controle motor, além do córtex cerebral, onde ficam as áreas que comandam a audição e a visão.

“Como essas crianças vão se desenvolver a gente não sabe. Mas a gente pode dizer que o cérebro está bastante mal formado, ele não se formou “, disse a médica Fernanda Tovar-Moll, do Instituto D’Or.

A equipe recebeu uma carta da sociedade radiólogica da américa do norte que diz: “Estou escrevendo para parabenizá-los Todos vocês fizeram isso com maestria. E como se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras, estes dados tem atraído enorme atenção no mundo todo. Além disso, eu acho que tem ajudado a estimular mais discussão sobre políticas públicas na prevenção, gestão e promoção do financiamento de pesquisas sobre a zika.”

“É uma patologia que deve ser bastante investigada e que precisa realmente se entender melhor para que a gente tenha uma noção real do qual dano isso pode gerar “, disse a médica.

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