30 anos

Maternidade Frei Damião comemora sucesso do método “Mãe Canguru”

Implantado desde a década de 90, técnica salva muitos bebês que nascem prematuros ou abaixo do peso

Maternidade Frei Damião comemora sucesso do método “Mãe Canguru”

Tempo de permanência do bebê na Enfermaria Canguru depende da evolução clínica de cada um — Foto:Divulgação

A implantação do método “Mãe Canguru”, implantado desde a década de 90 e que salva muitos bebês que nascem prematuros ou abaixo do peso, está sendo comemorado pela Maternidade Frei Damião, da rede hospitalar do Estado, neste mês. A Maternidade é referência no método, que completa 30 anos nesta quarta-feira (26).  

Referência no método que assegura aos bebês o aquecimento pelo contato pele a pele com troca de calor contínuo, aumento do vínculo afetivo, melhorando o funcionamento do seu sistema respiratório como resposta ao ritmo respiratório da sua mãe, a Maternidade Frei Damião tem comemorado durante todo mês com várias atividades.

Nessa sexta-feira (21), a Maternidade convidou as 30 mães com os filhos que passaram pelo método no último ano. A secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath, esteve presente para compartilhar do momento de alegria, tanto para as mães, filhos, direção e equipe de profissionais da Maternidade.

“O que presenciamos aqui é um sinal do caminho para o qual o nosso país deve seguir: em direção ao amor ao próximo. Fiz questão da presença de representantes de outras unidades para mostrar que é possível implementar este e outros programas semelhantes, que dependem somente do compromisso com o amor e com a dedicação dos profissionais”, ressaltou Roberta Abath.

A técnica de enfermagem da Frei Damião, Maria Gomes, estava emocionada. “É muito lindo e gratificante ver esses rostinhos todos risonhos e saudáveis e saber como é importante o trabalho que cada um de nós faz aqui. Eu amo trabalhar com isso. Gosto muito de ajudar e de conversar com as mães. Às vezes, ficam tristes porque estão longe de casa e a gente faz de tudo para animá-las e sempre dá certo”, relatou.

“Só quem já teve um filho prematuro ou com baixo peso sabe o aperreio que é. Quando eu olhava pra ela, tão pequenininha, achava que não ia se desenvolver como os outros bebês”, disse Luciene Alves, mãe de Lívia Vitória, que nasceu com sete meses e 1.250 kg. “Hoje ela está com um ano e bastante saudável e isso só foi possível ao método “Mãe Canguru”, a quem sou eternamente grata”, disse.

Kaline Vasconcelos tem dois filhos que também passaram pelo mesmo método: Ivo Lucas, de sete meses, e Ian Gabriel, de três anos. “É uma grande felicidade porque é como se pudéssemos dar continuidade, aqui fora, à mesma proteção que tinham quando estavam na barriga”, comentou.

Para Saionara dos Santos, todos os benefícios do “Mãe Canguru” foram em dose dupla. Ela é mãe dos gêmeos Israel e Ismael. “Foi um processo meio complexo por conta de serem dois bebês, mas foi necessário e salvou meus filhos”, festejou.

Para a diretora geral da Maternidade, Ana Márcia Fernandes, manter o bebê com a mãe gera resultados positivos no desenvolvimento da criança. “Por meio do método, diariamente, o bebê é examinado, avaliado e estimulada a sucção para que, tão logo, possa mamar diretamente no seio. Enquanto isso não acontece, a equipe orienta e estimula a ordenha do leite materno para que o bebê, que ainda não mama diretamente, receba o leite de sua própria mãe”, explicou.

Uma equipe de profissionais, junto com a direção do Hospital Geral de Mamanguape, participou da comemoração. “Viemos para ver de perto como funciona o método “Mãe Canguru” para servir de apoio para nossa maternidade onde nascem 150 crianças, mensalmente. Além do mais, vem somar ao que já oferecemos na nossa unidade, que é a shantala e o SPA gestacional, com o objetivo de proporcionar um parto humanizado para as nossas pacientes”, disse a diretora geral, Isis Unfer.

Método “Mãe Canguru” – O tempo de permanência do bebê na Enfermaria Canguru depende da evolução clínica de cada um e obedece a uma série de critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.  Para admissão do recém-nascido, o MS determina: estabilidade clínica, em que o recém-nascido respira espontaneamente, sem necessidade de oxigênio ou medicações e tenha peso mínimo de 1.250 gramas.

No primeiro dia de internamento, a equipe multidisciplinar acolhe mãe e bebê e explica para a mãe e seus familiares a finalidade e a importância do método. A mãe recebe orientações da equipe quanto à importância do aleitamento materno e de todos os cuidados com o bebê, como a postura, banho, troca de fraldas, vestuário adequado e higienização.

Quando o bebê melhora, após três dias consecutivos de ganho de peso, com peso mínimo de 1.650 gramas, ele está apto para receber alta hospitalar, desde que a mãe e a família estejam preparadas para fornecer os mesmos cuidados em casa.

Após 48 horas da alta, o bebê retorna ao Ambulatório de Egresso na Maternidade para avaliação médica clínica. Na primeira semana pós-alta, o bebê é examinado três vezes por semana. Na segunda semana, duas vezes e, a partir da terceira, uma vez por semana até atingir o peso de 2.500g, quando então é encaminhado para o ambulatório de Pediatria, que fará atendimento mensal da criança.

Até atingir o peso de 2.500g, o bebê poderá retornar a qualquer hora do dia ou da noite, se for necessário, para a maternidade, já que ele tem direto à agenda aberta. Na ocasião de não comparecimento à consulta médica, a família é contatada e então é providenciada nova marcação de consulta.

Programação dos 30 anos da Frei Damião – No próximo dia 25, às 19h, haverá um curso de capacitação destinado aos médicos anestesiologistas da unidade sobre parto sem dor (analgesia) e no dia 26, às 10h, será implantado o serviço de parto sem dor (analgesia); inauguração de exposição fotográfica e curso destinado aos funcionários sobre shantala para bebês.

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