Saúde

Mulher perde o lábio superior após realizar harmonização facial com preenchimento

Para a maioria dos cirurgiões plásticos ouvidos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, o produto deveria ter seu uso e comercialização banidos do mercado nacional.

Mulher perde lábio superior ao fazer preenchimento labial.

Mariana Michelini, de 35 anos, usa as redes sociais para compartilhar o processo de recuperação. Profissional usou o PMMA no procedimento.

Uma mulher perdeu o lábio superior após procurar uma clínica para realizar uma harmonização facial. O procedimento aconteceu em 2020, como verificou o ClickPB, em uma clínica em Matão, interior de São Paulo, o profissional utilizou o polimetilmetacrilato, mais conhecido pela sigla PMMA.

Mariana Michelini, de 35 anos, fez um preenchimento nos lábios, no queixo e nas maçãs do rosto com o que acreditava ser ácido hialurônico, que é um ativo produzido naturalmente pelo corpo e que pode ser reposto através de aplicações injetáveis.

Porém, seis meses depois do procedimento, ela acordou com o rosto muito inchado e dolorido e após se submeter a uma biópsia descobriu que a substância injetada em seu rosto era, na verdade, PMMA.

De acordo com publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia , a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera o PMMA em procedimentos estéticos para corrigir rugas e restaurar pequenos volumes perdidos de tecidos com o envelhecimento. 

No entanto, nem a (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) nem a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomendam o uso do produto para fins estéticos. Segundo médicos das entidades, a exceção seria o uso do preenchimento facial em pessoas com HIV/Aids, para corrigir a lipodistrofia causada pelos medicamentos, indicação prevista pela Anvisa em portaria de 2009.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que, quando usado em grandes quantidades, o PMMA não é seguro, tem resultados imprevisíveis a longo prazo e pode causar reações incuráveis, como inflamações, nódulos, necrose e até a morte.

Para a maioria dos cirurgiões plásticos ouvidos pela entidade, o produto deveria ter seu uso e comercialização banidos do mercado nacional.

Com Globo.com

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