Confira precauções

Paraíba registra 4.801 casos de picada de escorpião com duas mortes em 2018

Entre as possíveis causas do excesso de acidentes envolvendo escorpiões, destacam-se a urbanização sem infra-estrutra, acúmulos de lixo e falta de higiene

Paraíba registra 4.801 casos de picada de escorpião com duas mortes em 2018

A taxa de incidência é de 120,13 por 100 mil habitantes. O resultado é quase duas vezes maior que a taxa nacional (75,27 por 100 mil habitantes). — Foto:Reprodução

De todos os acidentes por animais peçonhentos registrados no Brasil, em 2018, 59,1% foram ocasionados por escorpiões. É o que informa o relatório do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

De um total de 265.663 acidentes, 156.928 foram ocasionados por escorpiões. Desse total, 4.801 foram na Paraíba, com 2 óbitos (sendo um total de 95 no país). A taxa de incidência é de 120,13 por 100 mil habitantes. O resultado é quase duas vezes maior que a taxa nacional (75,27 por 100 mil habitantes).

A maior taxa de incidência no país ocorreu em Alagoas (290,21 acidentes por 100 mil habitantes).

Entre as possíveis causas do excesso de acidentes envolvendo escorpiões, destacam-se a urbanização sem infraestrutra, acúmulos de lixo e falta de higiene.

“Os escorpiões se adaptam aos mais variados tipos de habitat, dos desertos às florestas tropicais, do nível do mar até altitudes de até 4.500 metros, embora a maioria das espécies tenha preferência por climas tropicais e subtropicais. Eles apresentam alta capacidade de adaptação, por isso podem ser encontrados em ambientes modificados pelo homem, principalmente nas áreas urbanas”, explicou o chefe do Núcleo de Zoonoses da SES-PB, o veterinário Francisco de Assis.

Em caso de picada de escorpião, deve-se limpar a área afetada com água e sabão, e procurar atendimento médico imediato, próximo ao local da ocorrência do acidente (UBS, Posto de Saúde, hospital de referência). Se possível capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.

A SES ressalta que não deve-se amarrar o local, fazer torniquete, nem aplicar nenhum tipo de sustância sobre o local da picada (álcool, querosene, fumo, erva ou urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções. Também não se deve cortar, perfurar ou queimar o local da picada, nem dar bebidas alcoólicas para a pessoa acidentada, pois não tem efeito contra o veneno e ainda podem agravar o quadro.

“Em adultos, a dor é o sintoma mais comum e seu alívio pode ser conseguido por meio de compressas mornas. Compressas com gelo ou água gelada costumam acentuar a sensação dolorosa, não sendo, portanto, indicadas. Qualquer outra medida ou procedimento local está contraindicado”, explicou Assis.

Para evitar acidentes com escorpiões, é importante examinar as roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes antes de usar; utilizar luvas de couro ou similar e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeira e pedras em geral, manter berços e camas afastados, no mínimo, 10 cm das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão. Também é importante ter cuidado especial ao encostar-se a locais escuros e com a presença de baratas.

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