Primeiro caso

Saúde monitora provável caso de hepatite aguda infantil de origem desconhecida

Paciente é uma adolescente de 16 anos que vive no Mato Grosso do Sul. Outros 72 casos são investigados pelo Ministério.

Saúde monitora provável caso de hepatite aguda infantil de origem desconhecida

Cientistas ainda não sabem a origem do aumento de casos de hepatite infantil no mundo — Foto:Getty Images/EyeEm

O Ministério da Saúde monitora o primeiro caso provável da hepatite aguda infantil de origem desconhecida no Brasil. A paciente é uma garota de 16 anos que vive em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta sobre a doença em 15 de abril, depois de que o Reino Unido registrou um alto número de casos de hepatite de origem desconhecida em crianças de 2 meses a adolescentes de 16 anos.

Segundo o ministério, o caso provável da doença aqui no Brasil atingiu uma paciente que apresentou sintomas como febre, pele amarelada e mal-estar no dia 3 de maio, foi internada uma semana depois e recebeu alta no dia 13. Ela se recupera em casa e continua sendo monitorada pela Vigilância Epidemiológica.

Os exames deram negativo para hepatites A, B, C, D e E. Também deram negativos para dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. E foi excluída qualquer causa de
origem não infecciosa que justificasse o quadro clínico da adolescente.

Por isso, o Ministério da Saúde julga como “provável” o quadro de hepatite aguda infantil, doença que a OMS ainda não descobriu a origem. O Ministério da Saúde continua monitorando o caso para tentar descobrir o que motivou o quadro clínico da paciente.

Segundo a última atualização da pasta, até essa segunda-feira (30) foram notificados 94 casos suspeitos da doença; 21 deles foram descartados; 72 ainda são investigados (aguardando resultados de exames). Entre os casos notificados há 9 mortes, 5 delas já foram descartadas para o novo tipo de hepatite aguda infantil.

São Paulo foi o estado que mais registrou casos suspeitos até agora, 27 (6 descartados e 21 investigados). Seguido de Minas Gerais, com 12 notificações (3 descartadas e 9 investigadas). Na sequência vem Rio de Janeiro com 9 casos suspeitos (2 descartados e 7 em análise).

Depois, Pernambuco com 8 (1 descartado e 7 investigados), Rio Grande do Sul tem 7 notificações (2 descartadas e 5 investigadas), Ceará 5 (todas ainda investigadas), Santa Catarina 5 (2 descartadas e 3 investigadas), Mato Grosso do Sul 5 (1 provável e 4 investigadas), Goiás 3 casos suspeitos (todos investigados), Paraná também 3 notificações (1 descartada e 2 investigadas), Pará, Rio Grande do Norte e Espírito Santo registraram 2 casos suspeitos cada estado (todos investigados). Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Rondônia registraram 1 caso suspeito por estado (todos em investigação).

Hepatite Aguda Infantil de Origem Desconhecida

Em 15 de abril deste ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou um alerta sobre casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças no Reino Unido.

Desde então, tem havido relatórios adicionais de casos contínuos por conta de notificações em outros países como Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Espanha e Estados Unidos da América.

A hepatite é uma doença inflamatória que acomete o fígado.

Existem cinco cepas principais do vírus da hepatite, tipos A, B, C, D e E. Embora todas causem doenças do fígado, elas diferem de maneiras importantes, incluindo modos de transmissão, gravidade da doença, distribuição geográfica e prevenção métodos.

Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sintomas ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.

Os mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.

Para que um caso seja considerado “provável”, os exames têm que dar negativo para outras cepas da Hepatite e também pra doenças como dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. Também tem que ser excluída qualquer causa de origem não infecciosa que justifique o quadro clínico.

Em todo o mundo, segundo o último levantamento divulgado pela OMS, foram 749 notificações em 33 países. 650 casos prováveis, sendo 9 mortes (Irlanda, Indonésia, México, Palestina e EUA).

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