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Secretário do CRM defende exame para médicos e critica estrutura de faculdades: “não pode aprender medicina treinando num boneco”

O secretário explicou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) não possui controle sobre as instituições, que, segundo ele, não possuem estrutura de ambulatório e de hospital para treinamentos dos estudantes.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

O secretário do Conselho Regional de Medicina (CRM) da Paraíba, Klecius Leite, defendeu a aplicação de um exame para os médicos formandos, além de criticar a falta de estrutura de faculdades privadas de Medicina, ao afirmar que não se pode aprender treinando em bonecos.

Conforme observou o ClickPB, em entrevista concedida ao Programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM nesta terça-feira (1), o secretário explicou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) não possui controle sobre as instituições, que, segundo ele, não possuem estrutura de ambulatório e de hospital para treinamentos dos estudantes.

“Isso gera muita preocupação. Infelizmente o Conselho Federal de Medicina não consegue frear, pois existem outras forças que abrem essas instituições muitas vezes sem capacidade nenhuma, pois para se abrir uma faculdade de medicina deveria ter uma estrutura de ambulatório e de hospital para fazer o treinamento, você não pode aprender medicina treinando num boneco. É difícil, o que a gente vê são os hospitais superlotados de estudantes e muitos deles sem acesso e se abrindo faculdade em cada local”, explicou o secretário.

Segundo Klecius Leite, o CRM está em busca de implantar uma prova de proficiência para os médicos que estão no fim de sua formação, com objetivo de garantir que os formandos oriundos de faculdades privadas tenham a capacidade de não provocar erros médicos na profissão.

“Hoje estamos trabalhando para buscar a prova de proficiência, assim como a OAB, temos que ter a garantia mínima de que esse profissional que se formou nestes recônditos da Paraíba, tenha a capacidade mínima de não provocar uma iatrogenia, um erro médico, pois é uma responsabilidade tão grande tratar um paciente, não está consertando um carro que a bateria não funcionou. Essa avaliação só existe hoje quando se é estrangeiro e passa por uma avaliação de um corpo médico”, afirmou o secretário do CRM-PB.

De acordo com o secretário do Conselho Regional de Medicina, “nascem espontaneamente faculdades, sem o estudo e local adequado para esses estudantes de medicina. Sou professor de cirurgia há quase 20 anos, ensino meus alunos sobre cirurgia. Aqui em João Pessoa, os alunos da Universidade Federal, por exemplo, estão tendo dificuldade de campos de estágio nos hospitais. Temos três exemplos de instituições boas, como Ciências Médicas, Famene, Unipê”, destaca o médico.

Assista ao programa:

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