Tratamento

Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda tratamento precoce contra Covid-19

“Não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVID-19”, começa o comunicado.

Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda tratamento precoce contra Covid-19

A entidade oferece um documento completo​ em seu site com todas as atualizações e recomendações para a Covid-19. — Foto:Reprodução

Contraindicação em relação ao uso de qualquer substância em tratamento precoce. Esse foi o recado dado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) por meio do seu perfil no Twitter na última quinta-feira (14).

“A SBI não recomenda tratamento precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVID-19”, começa o comunicado.

“Essa orientação da SBI está alinhada com as recomendações das seguintes sociedades médicas científicas e outros organismos sanitários nacionais e internacionais, como: Sociedade de Infectologia dos EUA (IDSA) e da Europa (ESCMID), Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), Centos Norte-Americanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde do Brasil (ANVISA)”, completa.

Além disso, a entidade oferece um documento completo em seu site com todas as atualizações e recomendações para a Covid-19.

Crítica de Bolsonaro

A SBI se pronunciou após a possibilidade do tratamento precoce ser utilizada para combater o aumento de casos da Covid-19 no estado do Amazonas, no qual a quantidade de infectados gerou uma grave crise no sistema de saúde estadual, com falta de leitos e até cilindros de oxigênio.

Questionado sobre a situação do estado na última terça-feira (12) , o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu o agravo nas condições a falta de tratamento precoce, no qual algumas substâncias como a hidroxicloroquina são utilizadas.

“Mandamos ontem [segunda-feira (12)] o nosso ministro da Saúde [general Eduardo Pazuello] para lá. Estava um caos. Não faziam tratamento precoce”, criticou o presidente.

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