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Usar salto alto em excesso pode encurtar os tendões dos pés

Sapatos de salto alto fazem com que o tendão perca a flexibilidade, gerando incômodo ao tentar usar sapatos baixos ou sem saltos, segundo ortopedista.

Usar salto alto em excesso pode encurtar os tendões dos pés

Uso contínuo de salto pode ter como consequência a dor nas costas — Foto:Reprodução

Você usa sapatos de salto alto todos os dias, durante muitas horas e, quando tenta colocar um chinelo sente desconforto nos pés? Isso pode ser um sinal do encurtamento do tendão do pé, de acordo com o ortopedista Marcelo Risso, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O médico explica que o uso excessivo dos saltos, seja por gosto, ou por ter que utilizar devido ao trabalho, faz com que o tendão de Aquiles — parte posterior do pé que liga o músculo da panturrilha aos ossos do calcanhar — perca a elasticidade e, assim, gere incômodo ao tentar utilizar sapatos baixos.

“O encurtamento do tendão de Aquiles não só causa incômodo, como provoca o encurtamento de outros tendões do corpo, como o das coxas e, consequentemente, essa alteração causa dores nas costas . O uso de saltos de até 7 cm ainda é aceitável, mas aqueles a partir de 10 cm pioram o quadro”, afirma.

Entretanto, apesar de serem os maiores vilões desse encurtamento, os saltos não são os únicos a provocá-lo. O ortopedista diz que o tempo excessivo sentado, má postura e o próprio envelhecimento diminui a elasticidade dos tendões e os deixa menores.

“A gente não vê o encurtamento do tendão do pé em crianças e adolescentes por dois motivos: o primeiro é porque não costumam usar salto, e o segundo é porque essa faixa etária possui maior elasticidade nos tendões e, conforme o envelhecimento, ela diminui”, ressalta.

Para prevenir esse problema, o médico afirma que é importante que a pessoa pratique atividades físicas regularmente, de três a quatro vezes por semana, de maneira a preservar a flexibilidade do tendão, realizando sempre alongamentos antes e depois do exercício. Exercícios aeróbicos, como o pilates, são os mais indicados, mas para quem não tem a possibilidade de frequentar academias, ou por falta de tempo, a caminhada com um tênis adequado pode ser uma opção.

Já para os casos em que o encurtamento dos tendões já ocorre, os exercícios devem ser realizados de maneira a complementar o tratamento fisioterápico.

Vale ressaltar que alterações hormonais, como a queda de estrógeno, e o sedentarismo podem levar ao encurtamento da musculatura da panturrilha ocasiando uma série de problemas nos pés, sendo os mais comuns a metatalsargia (dor no metatarso, parte frontal do pé), fascite plantar (inflamação na fáscia, tecido que se estende pela sola do pé) e tendinites (inflamação em tendões), de acordo com o ortopedista Alexandre Godoy, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.

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