
Netflix — Foto:Chris DELMAS / AFP
Os testes de cobrança da Netflix por “senhas emprestadas” têm sido confusos, segundo informações do site de tecnologia Rest of World. Desde março, a plataforma de streaming cobra, no Peru, Chile e Costa Rica, cerca de US$ 2 a cada duas pessoas que usem a senha de um assinante e não façam parte de sua residência. Um dos problemas tem sido definir quem faz parte ou não desse ambiente. Muitos usuários ouvidos pela reportagem têm recebido mensagens variadas sobre o assunto. Alguns têm sido cobrados, outros não.
“A falta de clareza sobre como a Netflix determina uma ‘residência’ e as diferentes tarifas cobradas de variados clientes deixaram os assinantes confusos, arriscando ações de órgãos de defesa dos consumidores”, diz a reportagem, que ouviu dezenas de assinantes no Peru.
Representantes da Netflix no Peru ouvidos pelo Rest of World dizem entender que muitos assinantes acabam entendendo residência como pessoas da família, mas o termo se refere estritamente a quem divide um espaço de moradia. A companhia confirmou também que o teste está em andamento e, por isso, clientes podem ter experiências de cobrança diferentes no momento.
A confusão tem chamado atenção do órgãos locais de defesa de consumidores. Em maio, representantes de agências do três países recomendaram, conjuntamente, que a empresa americana crie canais claros de comunicação com os consumidores, já que os conceitos de “casa” e “família” podem ser diferentes entre os usuários. Os reguladores levantaram também preocupações relativas aos transtornos entre assinantes que acessam suas contas em outras localidades geográficas, quando, por exemplo, viajam e por isso correm o risco de sofrer cobrança adicional.