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Top 10: Os motores mais importantes da história do automobilismo

Separamos 10 dos motores que nasceram nas pistas e foram muito importantes não só no automobilismo, mas para a história dos carros em geral

Top 10: Os motores mais importantes da história do automobilismo

Os motores, sendo um dos principais focos da evolução automotiva, estão ficando cada vez mais inteligentes. — Foto:Divulgação

Quando se fala de tecnologia automotiva, as pessoas geralmente relacionam a introdução das mais insanas traquitanas eletrônicas nos carros. Os temas mais populares na atualidade são, sem dúvidas, a chegada dos veículos elétricos e o futuro com a direção autônoma.

Para quem é fã de carros, no entanto, os tempos adiante trazem sentimentos mistos: por um lado, é muito bacana ver a indústria evoluindo; por outro, é extremamente triste pensar que vamos parar de queimar dinossauros em forma líquida e fazer barulho por aí com os motores à combustão, como acontece desde que o carro foi criado, há mais de 100 anos – e quando um punhado de malucos resolveu apostar corridas com eles.

A grande questão é que, como os automóveis são popularmente vistos como meios de transporte somente, muita gente não se dá conta de que muitas das tecnologias e evoluções que vemos hoje na indústria automobilística foram validadas nas pistas em algum momento. Até hoje, o principal combustível para a inovação das montadoras é ser mais rápidas em competições ao redor do mundo.

Você já deve ter percebido que muito se fala sobre downsizing: motores menores e mais eficientes, frequentemente acompanhados de um turbo ou algo parecido. Mas você também sabia que esse conceito já é bem antigo e foi usado na década de 80 na Fórmula 1?

Os motores, sendo um dos principais focos da evolução automotiva, estão ficando cada vez mais inteligentes. Já que é bem provável que eles desapareçam em breve, pelo menos da forma como os conhecemos, separamos 10 deles que nasceram nas pistas e foram muito importantes não só no automobilismo, mas para a história dos carros em geral:

1 – Os V8 Small Block norte-americanos

Os norte-americanos tem um jeito bem peculiar de fazer carros: com motores enormes, muito potentes e não necessariamente econômicos – a maioria deles com oito cilindros. Na final da década de 60, a Ford e a Chevrolet se destacaram com uma versão “menor” desses motores V8, mas que entregavam uma potência igualmente absurda.

Eles foram batizados, portanto, de “Small Block” e eram extremamente populares nos Estados Unidos, sendo usados nos modelos mais icônicos da época, como o Mustang, Camaro e outros. A relativa “eficiência” e confiabilidade desses motores garantiu que sua base fosse utilizada durante décadas desde a sua criação, nos mais diversos tipos de veículos dessas duas marcas. Aqui no Brasil, uma das versões do V8 302 da Ford apareceu no Maverick GT.

2 – Os HEMI

Se algumas montadoras norte-americanas ficaram conhecidas por versões pequenas dos motores de oito cilindros em V, a Chrysler chutou o balde tinha os seus HEMI, carinhosamente apelidados de “O Elefante” – e você deve imaginar o motivo.

A sigla HEMI faz referência a câmara de combustão hemisférica desses motores, mas o que realmente importa é que eles produziam muita, mas MUITA potência, tanto que eles são usados até hoje nos modelos mais potentes nas competições de arrancada nos Estados Unidos – alcançando números que superam os 10 mil cavalos.

3 – O V12 clássico da Ferrari

Indo para o outro lado do Atlântico, é impossível falar de motores icônicos sem falar da Ferrari. Uma das coisas que fizeram a fama da montadora de Maranello foram os motores de 12 cilindros que equiparam seus carros mais famosos. O modelo mais famoso dos propulsores, no entanto, é pouco conhecido: trata-se do Colombo 60° V12, batizado em homenagem ao seu criador, Glocacchino Colombo.

Foram esses motores que fizeram a fama da Ferrari como força a ser batida no automobilismo nas décadas de 50 e 60 e sua base, criada em 1947, foi utilizada por mais de 40 anos.

4 – O V8 da Ford na década de 60

Apesar de estarmos falando da Ford, ainda não é hora de sair da Europa. Diga-se de passagem, é um dos capítulos em que os americanos resolveram melar a festa dos europeus em seu próprio terreno.

Na segunda metade da década de 60, a montadora norte-americana iniciou um programa que tinha como tinha como único objetivo derrotar a Ferrari nas 24 Horas de Le Mans – e ela fez isso não só uma vez, mas dominou quatro edições consecutivas do evento, com o seu recém-nascido Ford GT impulsionado por um (bem americano) motor de oito cilindros, superpotente e igualmente confiável.

5 – O V6 turbo de Fórmula 1 da Renault

Muito antes do downsizing se tornar uma tendência nos carros de rua e na própria Fórmula 1, a categoria máxima do automobilismo já havia apostado na proposta na década de 70, e a Renault, em parceria com a Gordini, foi uma das primeiras a testar o conceito de diminuir os motores, mas usar uma turbina para compensar a potência.

Na época, os motores mais populares eram os de 8 ou 12 cilindros. A Renault apareceu com um diminuto V6 1.5 turbo de  que, por ser uma novidade, quebrava com facilidade. Depois de alguns anos, o propulsor se tornou mais confiável e deu início a uma nova era na Fórmula 1 – e, de quebra, consequências que ecoam até hoje na indústria automobilística.

6 – O V6 turbo de Fórmula 1 da Honda

Se você não conhecia esse motor e nasceu na década de 80 (ou antes), provavelmente nunca mais vai esquecer dele: o V6 turbo da Honda equipava a McLaren que levou Ayrton Senna ao seu primeiro campeonato, em 1988. Não só isso: ele ajudou a equipe britânica a dominar a temporada naquele ano, que venceu 15 das 16 corridas.

O MP4/4, modelo que recebeu o “coração” turbinado, é um dos carros mais dominantes da história da Fórmula 1.

7 – Os V10 de Fórmula 1 da Ferrari

A década de 90 da Fórmula 1 foi extremamente popular pelo som estridente dos motores V10, introduzidos logo após o fim da era dos motores turbo. Extremamente compactos e potentes, eles marcaram também o domínio da Ferrari na categoria entre os anos 2000 e 2004 e o início da padronização dos motores.

Depois de 2005, a Fórmula 1 optou por trazer motores menores, mais eficientes e mais baratos, passando pelos V8 até chegar nos V6 turbo atuais.

8 – Os motores “retos” da Porsche

A Porsche é a marca que mais venceu na história do automobilismo, com mais de 28 mil vitórias em 60 anos de história. O pedigree dos carros mais conhecidos da montadora alemã veio de corridas ao redor do mundo. O motor que impulsionou tudo isso, no entanto, é o mesmo – pelo menos na essência.

O chamado “Flat-6” é chamado assim pela disposição de seus cilindros que, em vez da disposição em V ou na vertical, são colocados de forma oposta na horizontal, fazendo o motor ficar “reto”. Sua base foi utilizada em quase todos os carros da marca, desde os mais “normais” até os protótipos da Porsche que dominaram Le Mans em inúmeras ocasiões.

9 – Os rotativos da Mazda

A Mazda é conhecida no mundo automotivo por ter usado, durante muito tempo, os motores rotativos – ou Wankel. Se você não manja muito de mecânica, basta saber que seu funcionamento é bem diferente dos motores convencionais que você vê por aí, já que os pistões tem um formato triangular, parecendo esfihas.

Foi utilizando um desses que a Mazda conseguiu a única vitória para uma marca japonesa nas 24 Horas de Le Mans, em 1991, com seu 787b. Mas os motores tinham pros e contras: apesar de gerar muita potência e fazerem um dos mais belos sons da história do automobilismo, ele também consome muito combustível e exige uma manutenção constante em função de sua estrutura peculiar.

10 – Os motores turbo-diesel da Audi

A Audi é uma das grandes forças dominantes no mundo das corridas de resistência, com 13 vitórias em Le Mans nos últimos 16 anos. É aqui, no entanto, que a parte de tecnologia aliada à eficiência fica mais evidente, já que foi ela que conseguiu introduzir com sucesso os motores turbo movidos a diesel na categoria.

O resultado foi um motor mais confiável, mais silencioso e muito mais econômico do que aqueles que eram usados pelos competidores. Além disso, o diesel é bem popular na Europa, especialmente em modelos que prometem ser altamente econômicos. Isso significa que a tecnologia utilizada pela Audi nas pistas acabou tendo impactos diretos em seus modelos de rua.

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