O Tribunal Regional do Trabalho da 13º região determinou o leilão do Mussulo by Mantra, resort de luxo localizado em Conde. — Foto:Divulgação
A construtora Alliance arrematou pelo valor de R$ 7,5 milhões o Mussulo Resort, localizado no município de Conde, Litoral Sul da Paraíba. A informação foi confirmada ao ClickPB pela assessoria de imprensa da construtora. A assessoria informou também ao ClickPB que ainda não foi o definido pela construtora o projeto de uso do espaço arrematado.
O juiz do trabalho, Lindinaldo Marinho, da Central de Arrematações do Tribunal do Trabalho da Paraíba, assinou nesta quinta-feira (6) o auto de arrematação no processo sobre a venda judicial do imóvel denominado Condomínio Residencial Mussulo Beach Resort. O empreendimento inclui terreno com uma área total de 85.147,25m², 102 unidades habitacionais e diversas áreas comuns.
A Alliance arrematou o imóvel pela quantia de R$ 7.540.000,00, sendo 25% a título de sinal e o saldo em 30 parcelas mensais atualizadas monetariamente pelo IPCA-E, permanecendo o imóvel hipotecado até a quitação da dívida.
O valor da venda do imóvel destina-se à quitação das dívidas trabalhistas de cerca de 200 processos ajuizados por ex-empregados do resort, em tramitação perante o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba.
O Tribunal Regional do Trabalho da 13º região havia determinado, em junho, o leilão do Mussulo, resort de luxo localizado em Conde. O empreendimento foi avaliado em R$ 15 milhões e o dinheiro do leilão servirá para o pagamento de dívidas da empresa com os ex-funcionários após o fechamento do estabelecimento. O leilão foi um pedido dos proprietários do Mussulo para a quitação das dívidas.
Em 2019, o Mussulo foi invadido e móveis e eletrodomésticos foram furtados. Nove pessoas foram presas em novembro e algumas confessaram o crime. O resort apontou o envolvimento de ex-funcionários.
Em nota enviada ao ClickPB no último dia 2 de junho, sobre o leilão, o Mussulo by Mantra relembrou o caso dos saques no local. “Em 2019, o Mussulo foi vítima de saques, cuja responsabilidade seria de ex-funcionários do resort. As investigações descobriram que documentos contábeis foram subtraídos no mesmo dia em que móveis e eletrodomésticos que equipavam os bangalôs foram roubados, o que, segundo a defesa dos proprietários, reforça a tese de envolvimentos de ex-funcionários.”
Ainda de acordo com o Mussulo, “o motivo para o envolvimento de ex-funcionários do Mussulo nestes crimes pode estar ligado ao fato de auditorias independentes comprovarem a gestão fraudulenta do Mussulo por parte de ex-diretores e que, pelo que se entendeu, o roubo de equipamentos foi uma maneira para encobrir os reais interesses dos criminosos.”