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ClickJus: A renovação das habilidades dos profissionais jurídicos enquanto exigência da tecnologia

Em outros termos, a perda de postos de trabalho é um evento secundário que precisa ser observado por meio da demanda por um novo tipo de aptidões profissionais.

ClickJus: A renovação das habilidades dos profissionais jurídicos enquanto exigência da tecnologia

A indispensabilidade de mudança é urgentefrente à transformação que a tecnologia está proporcionando no modelo de gestão dos serviços jurídicos e das habilidades que são requeridas pelo mercado, pois é necessário deslocar o paradigma de ensino e prática jurídica daquele centralizado nas atividades repetitivas para a criação de soluções inovadoras que sejam assertivas às necessidades dos clientes, ao mesmo tempo em que se considere a redução de custos, a rapidez com que os serviços são entregues e a qualidade inerente aos mesmos.

O conceito de Indústria 4.0 direciona-se para essas transições ao buscar a criação de redes inteligentes que possam controlar o processo produtivo de forma autônoma, incluindo a aquisição e tratamento de dados de modo instantâneo, para que a tomada de decisões ocorra em tempo real, abrangendo, por consequência, os serviços jurídicos que precisam oferecer um suporte ao decision-making com profundidade e qualidade igualmente em tempo real. Em outros termos, a perda de postos de trabalho é um evento secundário que precisa ser observado por meio da demanda por um novo tipo de aptidões profissionais.

Nesse contexto, pesquisa recente do Fórum Econômico Mundial subsidia a perspectiva de urgência na substituição entre esses paradigmas ao verificar enquanto as competências mais buscadas pela indústria, a resolução de problemas complexos, inteligência emocional, criatividade, pensamento crítico e familiaridade com as novas tecnologias. Isto demonstra a inevitabilidade em criar diferentes competência enquanto premissa da difusão de práticas inovadoras em todos os setores econômicos, as quais se revelam essenciais para a formação de estratégias adequadas ao desenvolvimento de modelos de gestão adaptáveis e escaláveis.

Na área jurídica é possível falar em expertises que despontam como aquelas que serão mais fundamentais para o cenário que se projeta neste fim da segunda década do século XXI, tais como a representação do conhecimento jurídico em sistemas de computação, a transformação do direito em rotinas de trabalho personalizadas, análise e pesquisa do conteúdo jurídico em conexão com as características específicas de problemas multifacetados, adaptar as tarefas do cotidiano em projetos gerenciáveis, supervisão de atividades, controle de qualidade de serviços, identificação de insights e padrões em grandes quantidades de dados, P&D para novas soluções, intersecção entre a formação jurídica e outras áreas do conhecimento, como tecnologia da informação e comunicação, psicologia, mercado financeiro, controle de riscos legais, entre outras.

Enfim, hoje o mercado busca um profissional jurídico com atitude empreendedora, profundidade técnica, criador de estratégias, consultor de negócios e vocacionado à alta performance. A preparação consiste, portanto, na antecipação de problemas e necessidades, redução de custos e inovação, de modo que a qualidade dos serviços jurídicos tradicionais seja expandida com a aplicação de novas tecnologias.

Wilson Sales Belchior – Graduado em direito pela UNIFOR, especialista em Processo Civil pela UECE, MBA em Gestão Empresarial e mestrando em Direito e Gestão de Conflitos na UNIFOR. Também possui curso de curta duração em resolução de conflitos na Columbia Law School, nos Estados Unidos. Palestrante, professor universitário em cursos de pós-graduação em diferentes estados e autor de diversos artigos e livros, publicados em revistas, jornais, portais de notícias e editoras de circulação nacional. Conselheiro Federal da OAB (2013-2015). Vice-presidente da Comissão Nacional de Advocacia Corporativa do Conselho Federal da OAB (2013-2015). Membro da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados do Conselho Federal da OAB (2010-2012). Atualmente é membro da Coordenação de Inteligência Artificial do Conselho Federal da OAB.

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