Educação

Pró-reitor de pós-graduação da UFCG diz que cortes em bolsas de pesquisa são irreversíveis

Gestor explicou que existe uma grande expectativa no anúncio das novas bolsas que serão anunciadas em março e que só após isso será possível saber o impacto dos cortes.

Pró-reitor de pós-graduação da UFCG diz que cortes em bolsas de pesquisa são irreversíveis

​​Para o gestor, o governo sinaliza uma mudança no modelo do fornecimento das bolsas e só após divulgação é que será possível saber o real impacto desses cortes. — Foto:reprodução

Em entrevista ao Portal ClickPB, o pró-reitor de pós-graduação da UFCG, Benemar Alencar de Souza, disse na tarde desta terça-feira (18) que não há possibilidade de reverter o cancelamento das 218 bolsas que a instituição sofreu. Segundo ele, a expectativa é que o novo programa de fornecimento de bolsas a ser implementado em março deste ano não afete a média da instituição. 

“Temos tradicionalmente uma média de 800 bolsas de pesquisa em mestrados e doutorados. Esperamos que com as mudanças que estão para ser anunciadas em março, se mantenha a média tradicional da instituição”, ressaltando que o contexto de cada universidade deve ser considerado, algo que não foi feito com o episódio anunciado nesta segunda-feira

Segundo ele, os recentes cortes vão contra a política de fomento das agências de inovação. “Esses cortes que foram feitos afetou justamente cursos inovadores, recentes, em comparação a outros programas de pesquisas. Isso ignora a política educacional de pioneirismo nas pesquisas. Como pode cursos novos que precisam de mais tempo para alcançar notas acima de 4 na média do governo, serem alvos de cortes, quando na verdade deveria ser justamente o contrário?”, considerou.

“Antes desses cortes a gente contava com cerca de 800 bolsas entre mestrado e doutora, sempre mantivemos esse quantitativo. Fomos duramente penalizados provavelmente por boa parte dos programas serem pioneiros, considerados recentes. Os cursos novos são atribuídos a nota três e o critério de cortes foi justamente da nota entre 3 e 4, motivo pelo qual houveram os cortes. Não tem programa novo com nota alta, pois exige-se um tempo para que se ascenda nas pesquisas”, ponderou.

De acordo com o ranking de depositantes residentes (nacionais) de patentes de invenção, a UFPB foi a campeã de patentes, com o registro de 94 patentes; e a UFCG ficou em segundo lugar, com 82 patentes registradas. 

Para o gestor, o governo sinaliza uma mudança no modelo do fornecimento das bolsas e só após divulgação é que será possível saber o real impacto desses cortes. “A partir de março comece uma nova concessão de bolsas. O que a gente espera é que eles apresentem um novo modelo, ou se vai fazer ajustes no modelo que havia. A partir do próximo mês quando haverá as novas concessões, vamos ver quais as áreas de conhecimento que eles consideram estratégicas.”

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