Nosman Barreiro alega ilegitimidade de edital e de assembleia convocada por clubes na Paraíba — Foto:Reprodução
Apesar da assembleia realizada na tarde dessa segunda-feira (16), no Clube Cabo Branco, em João Pessoa, em que 12 clubes de futebol votaram pela destituição de Nosman Barreiro da presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF), ele ainda continua ocupando o cargo e aponta ilegalidades no processo. Os clubes afirmam que apesar dele “estar com a posse física da FPF, ele não é mais o presidente”, pois foi destituído, e que a junta administrativa deve comandar a instituição até as eleições – se Nosman sair.
A junta administrativa é composta por Arthur Ferreira, ex-técnico do Sport Campina, e Eduardo Faustino, servidor do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ex-diretor da FPF, demitido pelo presidente afastado Amadeu Rodrigues, Eduardo Araújo acredita que nesta quarta-feita a junta assuma o comando da entidade.
Mas Nosman não reconhece a legitimidade da decisão tomada em assembleia. “Tudo que eles fizeram estava totalmente fora da legalidade”, disse Nosman. Ele alega que o edital estava irregular, a assembleia foi convocada por uma pessoa sem prerrogativa e nem legitimidade, o presidente do Conselho Financeiro, Marcílio Braz, e informou que já entrou com ação criminal e cível na Justiça. Para ele, houve falsificação de documento.
“Clubes que não tinham direito a voto subscrevendo o edital, 26 subscreveram o edital ilegítimo e, quando foi olhar, tinha 11 votos. Evaldo To, ex-presidente do Diamante, subscreveu e votou. Decretamos uma resolução não reconhecendo nem o edital nem a assembleia, porque a prerrogativa é do presidente para convocar assembleia”, disse Nosman.
Nosman tomou posse como presidente da FPF após a Justiça determinar o afastamento imediato do ex, Amadeu Rodrigues. Desde lá, os clubes não concordavam com a permanência dele à frente da entidade esportiva, até a convocação dessa assembleia.