Quarta-feira (4)

Assembleia Legislativa vai promover audiência pública sobre desvios de recursos da Lagoa

Deputado Aníbal Marcolino quer saber como estão as investigações. CGU constatou que teriam sido desviados cerca de R$ 10 milhões nas obras da Lagoa, enquanto a Polícia Federal apontou um desvio de R$ 6,4 milhões

Assembleia Legislativa vai promover audiência pública sobre desvios de recursos da Lagoa

Aníbal vai convidar CGU, MPF e Polícia Federal para participarem da audiência — Foto:Divulgação

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) marcou, nesta quarta-feira (27), para quarta-feira, dia 4 de outubro, às 15h, audiência pública para debater o desvio de recursos públicos apontado por órgãos de controle nas obras da Lagoa do Parque Sólon de Lucena, na gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD). A propositura é do deputado Aníbal Marcolino, que num cochilo dos deputados da oposição, conseguiu aprovar, sem discussões, o projeto ontem (26). 

A Controladoria Geral da União (CGU) constatou que teriam sido desviados cerca de R$ 10 milhões nas obras da Lagoa. Já a Polícia Federal apontou um desvio de R$ 6,4 milhões.

“É direito nosso, a Paraíba é composta de 223 municípios, não de 222. Além disso, o prefeito, num discurso que fez, disse que não iria permitir que sua bancada assinasse a CPI da Lagoa porque já estava sendo investigado, no entanto, autorizou sua bancada a abrir a CPI do Jampa Digital, do Gari, de Cuiá, que inclusive já existe decisão judicial. É aquela história, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, disse Aníbal.  

A deputada Eliza Virgínia voltou a repetir a argumentação da bancada de vereadores na Câmara, de que a PF já está investigando o caso. “É quase aquela história de ensinar Padre Nosso a vigário, já estamos aí com investigações, quem melhor para investigar algo assim do que a Polícia Federal”, justificou a tucana, que confirmou que se fará presente na audiência.  

O autor do pedido de audiência na ALPB também quer a presença dos vereadores da base do prefeito, para ouvirem dos órgãos de controle competentes, como Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, Polícia Federal, para saber em que fase estão as investigações. 

“Inclusive ouvir o secretário Cássio Andrade, que foi convidado, para que ele justifique como existe um grupo de pessoas envolvidas nesse desvio, ele tem por exemplo a sua esposa Luciana, a responsável por liberar recursos da Caixa Econômica, Flaviana Torres, que é irmã de Luciana, ouvidora da Secretaria de Infraestrutura, o Marcos Rodrigues, que é casado com Flaviana, cunhado da Luciana, que era o responsável para fazer as medições para levar para ser autorizado o pagamento, isso é no mínimo estranho”, disse o deputado Aníbal. 

Aníbal Marcolino lembrou, ainda, que 15 empresas pegaram o edital da licitação, mas apenas uma participou. “Esse debate tem que acontecer, esse é o local para acontecer e nós vamos ouvir todos esses órgãos, queremos saber em que nível está, nós temos esse direito”, disse. 

Na Câmara, por ser minoria, apenas oito vereadores, a oposição ao prefeito Luciano Cartaxo não consegue as assinaturas necessárias para entrar com o pedido de CPI. Eles precisariam de nove assinaturas. A vereadora Raíssa Lacerda (PSD), da base de Cartaxo, chegou a sinalizar que assinaria, mas voltou atrás.  

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