algodão colorido da PB

Emater nega desinteresse de produtores e diz que a culpa é da seca

  Com a redução da safra de algodão colorido na Paraíba, muitas pessoas que trabalham com tecidos e fios do […]

Emater nega desinteresse de produtores e diz que a culpa é da seca

 

Com a redução da safra de algodão colorido na Paraíba, muitas pessoas que trabalham com tecidos e fios do produto desenvolvido através de semente modificada em laboratório pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria (EMBRAPA) também ficam sem matéria-prima para trabalhar.

Segundo Maria das Dores, uma artesã que trabalha com tecido de algodão colorido para confeccionar peças como bolsas e bonecas, encontrar malha feita com o algodão colorido está cada vez mais dificil, ela disse que o produto está escasso em lojas e até fábricas, locais que há cerca de dois anos tinham grande variedade de produtos, hoje, tem apenas um tipo de malha. “Antes era possível encontrar malha com listras, de vários tipos, e de todas as cores lisas. Agora, quando chego em uma loja que tem malha tenho que comprar bastante porque nem os lojistas sabem quando chegará outra remersa. Na fábrica é a mesma coisa, produzem apenas um tipo e o preço aumentou muito neste período, até para a compra de retalhos de malha”, desabafou.

De acordo com o responsável pelo programa de algodão colorido na Emater-PB (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba), José Joacir, a redução da produção se deve, também, a seca que impossibilitou a safra deste ano. Ele disse que não há dificuldade nas vendas dos produtos, por parte dos produtores.

Quando perguntado sobre projetos do governo estadual para resolver o problema da baixa produtividade do algodão colorido, José Joacir disse que não houve projeto para 2012, mas explicou que órgãos envolvidos na produção do algodão colorido formaram um comitê, que se reúne mensalmente, para elaborar um projeto que prevê o uso do oléo do caroço do algodão para a fabricação de biodiesel pela Petrobrás. Assim, segundo o Joacir, a flor do algodão continuará sendo vendida para as fábricas e o caroço será vendido para a empresa nacional para a podução de combustível natural.

O comitê intitulado PB Biodiesel está finalizando um projeto que será apresentado, segundo José Joacir, ao Governador Ricardo Coutinho no final deste mês de novembro e, se aprovado, será repassado ao Governo Federal. Caso seja aprovado nacionamente, começará a valer em 2013.

Quanto aos artesãos que, assim como os produtores rurais, dependem do algodão colorido para trabalhar, estão buscando outra matéria-prima para continuar produzindo peças que garantem o seu sustento.

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