Paraíba

Hospital Metropolitano é habilitado pelo Ministério da Saúde para realizar implante percutâneo de válvula aórtica

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires está habilitado, pelo Ministério da Saúde, para realizar implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI).

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Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires.

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, que compõe a rede de saúde do Governo da Paraíba, recebeu mais uma habilitação do Ministério da Saúde, desta vez para realizar implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI), conforme publicação feita nessa quinta-feira (11), no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão do MS de incorporar mais um procedimento realizado na unidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) será destinada para tratamento de estenose aórtica grave em pacientes com perfil de alto risco para cirurgia de troca de válvula aórtica convencional (peito aberto), com idade igual ou superior a 75 anos.

A estenose aórtica acontece quando a válvula aórtica do coração, responsável por controlar a liberação de sangue para todo o corpo, não consegue abrir e fechar de forma correta. Essa condição reduz o fluxo do sangue oxigenado e provoca um aumento de pressão no órgão que, sem tratamento, pode levar à morte súbita.

Hospital é pioneiro no procedimento

O Hospital Metropolitano foi o primeiro hospital público no Estado da Paraíba a realizar o implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI), cirurgia de alta complexidade e alto custo, em maio de 2019, em um paciente de 83 anos. Outros dois TAVI foram realizados na unidade, em julho e setembro de 2023. 

A gerente executiva das Linhas de Cuidados Prioritárias da PB Saúde, Rafaella Marinho, pontuou que a conquista da habilitação foi possível pois a unidade é referência estadual na assistência de alta complexidade cardiovascular, com cirurgia cardiovascular e procedimentos em cardiologia intervencionista.

“Apresentamos as produções do procedimento TAVI aprovadas, realizadas em pacientes com idade igual ou superfície a 75 anos, no período de 2020 a 2022, e tivemos o reconhecimento dessa produção  pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Esse é mais um ganho para a saúde do povo paraibano, voltado principalmente para o público mais idoso”, afirmou. 

Sem cortes

Segundo o cardiologista intervencionista Thiago Lisboa, a TAVI é feita de forma minimamente invasiva, sem cortes no tórax, sem necessidade de intubação e com alta hospitalar em torno de 48 horas após o procedimento. “O procedimento consiste no implante de uma nova válvula para corrigir o estreitamento no diâmetro da válvula aórtica, restabelecendo os volumes normais de passagem do fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta”, explicou o especialista.

Em visita técnica à unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), nessa quinta-feira (11), o superintendente da PB Saúde, Ari Reis, comemorou a nova conquista.

“São mais recursos chegando aqui na nossa unidade de saúde, chegando na Secretaria de Estado da Saúde e ratificando essa parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Saúde. Tantas habilitações e tantos pleitos que já foram conquistados de um ano até aqui, esse é mais um que chega para somar aos nossos recursos”, afirmou o superintendente. 

Como é feito o implante

O procedimento consiste em colocar uma prótese no anel valvar aórtico. O implante percutâneo da prótese é realizado por punção na virilha. A prótese é guiada por um cateter através da aorta, sob visão de radioscopia e ecocardiografia, até ser posicionada no anel aórtico.

Ela vem compactada em um dispositivo que libera a prótese e, uma vez posicionada, confirma-se sua localização com a ecocardiografia e pequenas injeções de contraste. Em seguida, retira-se o cateter, terminando o procedimento.

Com assessoria.

UTI do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. (Foto: Divulgação)

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