
Sabe o que mais me espanta nessa história toda de 8 de janeiro?
Não é o quebra-quebra…
Nem o patriotismo de fachada, aquele com camiseta verde e amarelo feita na China.
O que me espanta é esse papo mole de anistia.
Essa empáfia cínica de quem quebrou tudo, mijou na democracia e agora quer voltar pra casa como se tivesse só tropeçado no tapete da história.
Anistiar?
Perdoar?
Como assim?
Me diga você, caro leitor:
Se um sujeito quebrasse o para-brisa do seu carro a marretadas, você diria:
“Ah, coitado… tava nervoso… vamos esquecer isso?”
Se um brutamonte entrasse na sua casa, rasgasse a foto do seu pai e desse um tapa na sua cara, você abriria a geladeira e ofereceria um suco?
Se alguém gritasse no meio da rua que sua mãe é isso ou aquilo — com todos os palavrões possíveis — você abraçaria esse alguém e diria:
“Relaxa… liberdade de expressão”?
Não, né?
Pois é.
Então por que raios a gente tem que passar pano pra quem chutou a porta do STF, mijou nos corredores do Congresso e quis calar a urna eletrônica com grito de golpe?
Isso não foi protesto.
Foi surto coletivo com pauta armada.
Foi a criança mimada da República batendo o pezinho porque perdeu no jogo democrático.
E agora quer prêmio de consolação?
Não me venha com essa de reconciliação.
Perdão sem arrependimento é só convite pro próximo crime.
A anistia é como dar biscoito pro cachorro que morde.
Ensina que vale a pena atacar.
E eu, sinceramente, não estou aqui pra educar baderneiro mimado.
A democracia não é um brinquedo — é um pacto sério.
Quem tenta destruí-la não merece flores.
Merece o peso da lei.
Sem choro, sem vela, sem golpe.
Porque se a gente anistia o crime, amanhã o crime se candidata.
E ganha.
Com seu voto.
Sem anistia e boa sorte!
