
É curioso comparar Pedro Cunha Lima, esse paraibano cerebral que prefere a prudência à disputa, com Zohran Mamdani, o prefeito nova-iorquino eleito, que acorda todos os dias disposto a incendiar o debate público. Um, poeta do dever. O outro, ativista de rua com gravata frouxa.
Mas ambos têm uma coisa em comum: entendem que política não é paisagem… é movimento.
E aí mora o problema: Pedro insiste em não ser candidato.
Acha que está fazendo o gesto nobre. Mas nobre, meu amigo, é não fugir da história quando ela chama pelo seu nome.
Mamdani não recua de uma briga — e talvez Pedro precise aprender com ele que coragem também é aceitar o próprio tamanho.
Na Paraíba, ficar de fora não é modéstia. É desperdício.
A política anda carente de quem pensa, e Pedro pensa demais para ficar calado.
