Hoje, o ClickJus pede licença aos seus leitores para tratar de uma percepção peculiar sobre o direito, a sua conexão com o empreendedorismo. Ele sempre foi importante nos negócios, carreiras e na prestação de serviços jurídicos. As transformações anunciadas pelas novas tecnologias e a diversificação das demandas e exigências reforçam a necessidade de adotar-se uma postura empreendedora na observação do direito.
Isto quer dizer ser resiliente, capaz de se adaptar às transformações, adequando as falhas, com gestão emocional, afastando tudo o que não favorece a concretização de metas e a consubstanciação da alta performance, aprimorando continuamente as nossas perspectivas, isto é, preparando-se para as oportunidades que os diferentes ciclos de empreendedorismo exigem em todas as suas peculiaridades, enxergando nos novos recomeços um avanço naquilo que determinou-se como objetivos profissionais e pessoais.
E, nesse contexto, o que significa ser empreendedor afinal? Em poucas e precisas palavras é a dedicação da sua vida à concretização dos seus maiores sonhos, criando valor na vida das pessoas à sua volta, questionando o estado das coisas, procurando full-time soluções para problemas. Difícil? Este não é o vocábulo adequado para enquadrar os desafios constantes na moldura mais adequada de enfrentamento. Crescer importa disponibilidade permanente para novos aprendizados, humildade para reconhecer aspectos que necessitam ser melhorados, compromisso com o aperfeiçoamento diário, sabedoria para fazer as escolhas certas e gratidão.
Sobre este sentimento, a certeza é a de que ele precisa estar arraigado no âmago do nosso ser, permeando os pontos positivos e negativos que construíram a nossa história, pois é a experiência formada ao longo da nossa trajetória que permite a amplificação da gratidão a partir do reconhecimento daquilo que nos formou até aqui em direção aos novos desafios que o mercado, a profissão e a nossa própria vida reservam para os próximos passos.
Empreender no direito e na vida é aceitar a necessidade contínua de movimentos, não permitir, de forma alguma, o enraizamento em lugares comuns ou posições confortáveis, afinal estes nos distanciam dos nossos maiores sonhos. Mas, com o combustível da gratidão pelo que passamos e por aquilo que enfrentaremos é possível planejar o futuro com o bônus da experiência e a mesma vontade aguerrida de compromisso integral com as nossas escolhas.
Wilson Sales Belchior – Graduado em direito pela UNIFOR, especialista em Processo Civil pela UECE, MBA em Gestão Empresarial e mestrando em Direito e Gestão de Conflitos na UNIFOR. Também possui curso de curta duração em resolução de conflitos na Columbia Law School, nos Estados Unidos. Na mesma instituição participou de série de pesquisa avançada. Palestrante, professor universitário em cursos de pós-graduação em diferentes estados e autor de diversos artigos e livros, publicados em revistas, jornais, portais de notícias e editoras de circulação nacional. Conselheiro Federal da OAB (2013-2015). Vice-presidente da Comissão Nacional de Advocacia Corporativa do Conselho Federal da OAB (2013-2015). Membro da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados do Conselho Federal da OAB (2010-2012). Membro da Coordenação de Inteligência Artificial do CFOAB (2018). Atualmente é Conselheiro Federal eleito para o triênio 2019-2021.