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Inteligência Artificial é espaço para oportunidades e inovação

O desafio é que a IA deverá acabar com 40% dos empregos em 15 ou 25 anos, mais rápido do que as revoluções anteriores

Inteligência Artificial é espaço para oportunidades e inovação

Este é o contexto no qual exige-se dos advogados a capacidade de olhar para o futuro, oferecendo soluções rápidas e concretas em tempo real. — Foto:Reprodução

O início de 2019 foi marcado por uma afirmação polêmica de Kai-Fu Lee, graduado na Columbia University, PhDem Carnegie Mellon, responsável pelo primeiro sistema independente de reconhecimento de voz, tendo trabalhado em gigantes como Apple, Microsoft e Google, de acordo com o qual “a inteligência artificial irá cada vez mais substituir os trabalhos repetitivos, não apenas o trabalho braçal, mas também o intelectual. Motoristas, por exemplo, terão seu trabalho redefinido nos próximos 15 ou 25 anos. Eu acredito que a IA vai mudar o mundo mais do que qualquer outra coisa na História da humanidade. Mais até do que a eletricidade. O desafio é que a IA deverá acabar com 40% dos empregos em 15 ou 25 anos, mais rápido do que as revoluções anteriores”.

Não é apenas isto! De pesquisa publicada no notou-se que cinco escritórios, entre os 25 mais inovadores e os 10 mais lucrativos dos EUA, já adotaram uma visão estratégica de longo prazo sobre tecnologia, pesquisa, habilidades, sucessão empresarial e expansão global para enfrentar as transformações do mercado no século XXI, além de reservarem parte da receita para investimentos em IA, a fim de colocarem o escritório à frente das mudanças nesse setor econômico.Outros relatórios, como, por exemplo, PWC Law Firm’sSurvey 2018 indicaram que 100% dos 10 maiores escritórios do Reino Unido acreditam que a tecnologia é o principal desafio para os próximos dois anos.Já o Altman Weil Flash Survey 2018 percebeu que 25,6% dos clientes dos 801 escritórios dos EUA, com mais de 50 advogados, usam ferramentas tecnológicas que reduzem a necessidade de advogados.

A indispensabilidade de mudança é urgentefrente à transformação que a tecnologia está proporcionando no modelo de gestão dos serviços jurídicos e das habilidades que são requeridas pelo mercado, pois é necessário deslocar o paradigma de ensino e prática jurídica daquele centralizado nas atividades repetitivas para a criação de soluções inovadoras que sejam assertivas às necessidades dos clientes, ao mesmo tempo em que se considere a redução de custos, a rapidez com que os serviços são entregues e a qualidade inerente aos mesmos.

Ora, este é o contexto no qual exige-se dos advogados a capacidade de olhar para o futuro, oferecendo soluções rápidas e concretas em tempo real. A inteligência artificial não pode ser enxergada como ameaça, todavia oportunidade para desenvolvimento de novas habilidades, que desloquem o foco para a inovação, alcançando espaços como análise de dados, jurimetria,sistemas de gestão de workflow e projetos, automação de documentos, gestão de riscos legais, análise de documentos, Online Dispute Resolution, ou seja, como em todas as demais transições industriais e tecnológicas que alteraram os modos de produção ao longo da história, sempre surgirão novas ocupações àqueles com as habilidades requeridas pelo mercado.

é graduado em direito pela UNIFOR, especialista em Processo Civil pela UECE, MBA em Gestão Empresarial e mestrando em Direito e Gestão de Conflitos na UNIFOR. Também possui curso de curta duração em resolução de conflitos na Columbia Law School, nos Estados Unidos. Na mesma instituição participou de série de pesquisa avançada. Palestrante, professor universitário em cursos de pós-graduação em diferentes estados e autor de diversos artigos e livros, publicados em revistas, jornais, portais de notícias e editoras de circulação nacional. Conselheiro Federal da OAB (2013-2015). Vice-presidente da Comissão Nacional de Advocacia Corporativa do Conselho Federal da OAB (2013-2015). Membro da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados do Conselho Federal da OAB (2010-2012). Atualmente é membro da Coordenação de Inteligência Artificial do CFOAB e Conselheiro Federal eleito para o triênio 2019-2021.

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