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Alcolumbre quer pautar PEC dos Precatórios na CCJ do Senado no dia 24

A Câmara do Deputados aprovou na noite de ontem em segundo turno a PEC, proposta que dá calote em dívidas judiciais da União.

Alcolumbre quer pautar PEC dos Precatórios na CCJ do Senado no dia 24

Após reunião da CCJ nesta manhã, Alcolumbre afirmou brevemente que pretende incluir a matéria na pauta da reunião que acontece na semana legislativa de 22 a 26 de novembro. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quarta-feira (10) que pretende incluir a PEC dos Precatórios na pauta da sessão do dia 24 deste mês na comissão.

A Câmara do Deputados aprovou na noite de ontem em segundo turno a PEC, proposta que dá calote em dívidas judiciais da União.

A medida é prioridade do Executivo para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 de dezembro até o final de 2022, ano em que Bolsonaro deve disputar a reeleição, além de abrir espaço para outros gastos federais. Pela proposta, cerca de R$ 90 bilhões devem ser liberados para despesas no próximo ano.

A proposta enfrenta resistência no Senado, com os membros da Casa pressionando para que ela não vá direto a plenário. Defendem que ela tramite inicialmente pela CCJ, que é o caminho natural de todas as Propostas de Emendas à Constituição – caminho que vinha sendo flexibilizado por conta da pandemia do novo coronavírus.

Após reunião da CCJ nesta manhã, Alcolumbre afirmou brevemente que pretende incluir a matéria na pauta da reunião que acontece na semana legislativa de 22 a 26 de novembro.

“O desejo do presidente Rodrigo Pacheco é que essa proposta tramite pela CCJ e depois vá ao plenário. A gente tem muitas matérias que precisam ser deliberadas pela comissão e essa matéria é importantíssima para o Brasil neste momento”, afirmou Alcolumbre.

“Então quero conversar com o presidente Rodrigo e a gente está organizando. Já aqui na Câmara foi votado no dia de ontem, [então] a gente está tentando organizar para a semana de 22 a 26, que vai dar na quarta-feira dia 24 para que a gente possa apreciar na CCJ essa proposta de Emenda constitucional. Esse é o meu calendário como presidente da comissão, que eu vou dividir com meus colegas senadores os outros 26 membros da comissão de constituição e justiça”, completou.

O presidente da CCJ também afirmou que recebeu demandas de alguns senadores para que seja relator, mas que vai esperar o retorno de Pacheco, que está em viagem para participar da COP, para decidir.

O jornal Folha de S.Paulo apurou que a relatoria deve ficar com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). Também são cotados Antonio Anastasia (PSD-MG) e Marcos Rogério (DEM-RO).

Inicialmente, o governo vinha afirmando que gostaria de ver aprovada a PEC dos Precatórios no Senado no dia 20 deste mês. No entanto, a data é considerada pouco factível uma vez que os senadores fazem pressão para que a proposta passe pela CCJ.

“Estabelecer prazos para uma matéria tão eivada de dúvidas, e aí falo mais pessoalmente, como integrante da casa, matéria que requer esse aprofundamento e já cravar uma data como a data ideal penso que não é esse o encaminhamento que a Casa [pretende]”, afirmou o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que está presidindo a Casa na ausência de Pacheco.

“Até em face do que foi demonstrado nesses últimos dois anos e meio, sempre prudente, com muito equilíbrio, sem perdas aos momentos de urgência, mas sem nunca desleixar daquilo que toda a produção legislativa. É qualificar o debate legislativo. Então nós vamos nos sentir à vontade quando tivermos a segurança de termos produzido o melhor texto”, completou.

A cautela é compartilhada com líderes de algumas das principais bancadas do Senado.
O líder do PSD, Nelsinho Trad (MS), cita que a matéria é sensível e controversa e que por isso precisa passar pela CCJ. “Quanto à possibilidade de aprovação, é incerta, pois a matéria necessita de quórum de votos qualificados por se tratar de PEC”, afirma.

Os líderes do governo pretendiam inicialmente iniciar a tramitação na CCJ na próxima semana, já considerando que possa haver atrasos na comissão.

“Se precisar passar pela CCJ, eu acho pouco provável a gente aprovar isso até o dia 20. Aí você joga para a outra semana, pode ter pedido de vista. Então estamos aí no dia 23 para aprovar e depois esse projeto vai ao plenário”, afirmou o líder do governo Fernando Bezerra.

Bezerra afirma que o governo trabalha com a hipótese de incluir a votação em plenário da PEC dos Precatórios no fim deste mês, quando o presidente Pacheco marcou um esforço concentrado, para a votação de sabatinas, nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro.

“Aí a gente vai avaliar se é melhor passar no plenário no dia 23 ou votar no esforço concentrado, porque aí você tem um quórum maior”, completou.

Bezerra afirma que uma das principais dificuldades é o entendimento de parte dos senadores de que o espaço fiscal que será aberto é excessivo. O governo então pretende nesse período vai buscar convencer que os recursos não darão grande poder ao Planalto em ano eleitoral.

“Nós estamos muito conscientes de que quando você demonstrar [aos senadores] o espaço fiscal de mais ou menos R$ 91,3 bilhões que abre, R$ 50 bilhões vai para o Auxílio Brasil, mais ou menos R$ 25 bilhões vai para a correção das despesas obrigatórias. Então temos R$ 75 bilhões”, afirmou.

“Quando corrige o teto, corrige também os números para educação e saúde, então isso aí são mais R$ 8 bi a R$ 10 bilhões. Então esses R$ 7 bi, de fato, poderão reforçar rubricas de investimento”, completou.

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