Rio de Janeiro

Bares do Leblon ficam lotados no primeiro dia de abertura após três meses

Nas redes sociais, vizinhos dos bares lotados, motoristas que passaram pelo local, políticos e famosos postaram vídeos e textos demonstrando indignação.

Bares do Leblon ficam lotados no primeiro dia de abertura após três meses

Com bares ao redor, praça Cazuza, no Leblon, ficou lotada na noite desta quinta-feira — Foto:Felipe Grinberg

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — A noite de reabertura de bares e restaurantes no Rio após três meses de quarentena lotou as ruas do Leblon, na zona sul carioca, e chamou a atenção pelo grande número de pessoas aglomeradas nas calçadas e sem máscaras de proteção facial. Nas redes sociais, vizinhos dos bares lotados, motoristas que passaram pelo local, políticos e famosos postaram vídeos e textos demonstrando indignação.

Um deles foi o vereador Tarcísio Mottta (PSOL), que responsabilizou o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pelas cenas de aglomeração em plena pandemia na rua Dias Ferreira, famoso reduto boêmio do bairro.

“Essa irresponsabilidade é sua”, afirmou o vereador, mencionando o prefeito.

O estilista Carlos Tufvesson, que ocupou o cargo de coordenador especial da Diversidade Sexual na prefeitura do Rio, em 2011, também demonstrou indignação.
“Acho que a vacina chegou no Leblon e não estamos sabendo”, disse.

Bares, lanchonetes e restaurantes estão liberados a partir desta quinta-feira (2) a servir clientes, desde que seja respeitado o distanciamento de dois metros entre as mesas e capacidade máxima de 50% da lotação na área interna.

Segundo Crivella, que liberou também o funcionamento de outras atividades como academias, treinos na areia e estúdios de tatuagem, a flexibilização é possível devido ao indicadores apurados pela Secretaria Municipal de Saúde no combate à Covid-19.

“Não há nada que celebrar, mas estamos nessa luta desde março. Sem sombra de dúvida, a baixa demanda de leitos de UTI e de enfermaria e o número de óbitos, que está estabilizado, nos mostram que tivemos um pico tenebroso em maio e que, depois, caímos para os patamares dos dias atuais”, afirmou.

A capital fluminense tem 58.615 casos e 6.689 óbitos confirmados pelo coronavírus, o que corresponde a cerca de metade dos registros no estado. Na manhã desta quinta, os leitos públicos para a Covid-19 na cidade estavam com 70% de ocupação nas UTIs e 39% nas enfermarias.

As regras para o funcionamento de bares, cafés, lojas de conveniência, padarias, quiosques e restaurantes incluem, além do distanciamento das mesas e da capacidade limitada a 50% nas áreas internas, a proibição do self-service e da música ao vivo, horário máximo de funcionamento até 23h e uso de máscara obrigatório para clientes e funcionários. As máscaras só pode ser retirada pelos clientes quando eles estiverem nas mesas e exclusivamente nos momentos de refeição.

A multa para os estabelecimentos que não obedecerem as regras pode chegar a R$ 13 mil.

Nos últimos três meses, a autorização de funcionamento para esses estabelecimentos era apenas para serviços de delivery, com consumo no local proibido.

Além dos shoppings e comércios de rua, já estavam permitidos com restrições os hotéis, galerias, centros comerciais, salões de beleza e barbearias (que agora podem oferecer depilação e tintura de cabelo). Nas praias antes só estavam liberadas atividades no calçadão e no mar, mas muitos já usavam a areia com consentimento da polícia — segue proibido sentar e socializar.

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