R7
A venda de bebidas alcoólicas durante a 14º Parada Gay ocorreu livremente neste domingo (6), apesar da Polícia Militar dizer que evitaria o comércio deste produto durante a festa. Por volta de 17h30, já era grande o número de pessoas alcoolizadas. A garrafa de vinho podia ser comprada por R$ 6 ou R$ 5.
No trecho entre a avenida Paulista e o começo do cemitério da Consolação a reportagem do R7 encontrou pelo menos oito vendedores de bebidas alcoólicas. As cervejas custam cerca de R$ 2. Já partindo para a reta final da caminhada, muitos participantes ignoraram os banheiros públicos e urinaram nas portas de lojas fechadas e até mesmo no meio da rua.
O pastor Sílvio Pompeu, da Igreja para Todos, disse que ficou decepcionado com o movimento.
– Reivindicamos muito respeito, mas o respeito não está partindo da gente. Já fui agarrado umas três vezes.
Segundo Pompeu, o ponto positivo desta parada é que houve uma pouco mais de conscientização política entre os homossexuais.
– Os trios elétricos estão falando bastante sobre homofobia e explicando o que é isso.
Ao todo, cerca de 1.000 pessoas foram atendidos, a maioria por consumo em excesso de bebidas alcóolicas, nos quatro postos médicos colocados no trajeto da Parada Gay. Do total, dez foram levados para hospitais.
Na coletiva em que foi apresentada a programação do evento, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) e a Polícia Militar informaram que iriam trabalhar para evitar que bebidas alcoólicas fossem vendidas por ambulantes. Mas três PMs que faziam a segurança do evento em pontos diferentes do trajeto afirmaram à reportagem do R7 que não sabiam sobre a proibição das bebidas.
Polícia
No primeiro posto policial da rua da Consolação, perto da Paulista, há pelo menos dez documentos perdidos. A Polícia Militar informou que neste trecho não houve nenhuma briga e nenhum tipo de violência, mas os policiais lembraram que as ocorrências são mais comuns depois que escurece.