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Câmara Municipal do Rio cassa o mandato de Dr. Jairinho, acusado de matar o enteado

O parlamentar Doutor Gilberto (PTC) está licenciado por motivos médicos e não participou da sessão.

Câmara Municipal do Rio cassa o mandato de Dr. Jairinho, acusado de matar o enteado

Vereador desde 2005, quando tinha 27 anos, Dr. Jairinho está em seu quinto mandato, após ter sido reeleito no ano passado com 16 mil votos. — Foto:Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) — A Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou na noite desta quarta-feira (30), por quebra de decoro parlamentar, o mandato do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido). Preso desde o dia 8 de abril, ele é acusado de ter matado o enteado Henry Borel, 4, em março.

A cassação do parlamentar foi aprovada por unanimidade, com voto favorável de 49 dos 50 vereadores. O parlamentar Doutor Gilberto (PTC) está licenciado por motivos médicos e não participou da sessão.

Vereador desde 2005, quando tinha 27 anos, Dr. Jairinho está em seu quinto mandato, após ter sido reeleito no ano passado com 16 mil votos.

Jairo e a professora Monique Medeiros, sua namorada e mãe de Henry, são réus no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro também apresentou outras duas denúncias contra o vereador por tortura contra filhos de ex-namoradas, sendo um menino de 2 anos e uma menina de 4 anos.

O suplente de Dr. Jairinho é Marcelo Diniz (SD), presidente da Associação de Moradores da Muzema, comunidade na zona oeste do Rio controlada por uma milícia.

Em abril de 2019, dois prédios desabaram na comunidade, matando mais de 20 pessoas. Investigações do Ministério Público apontaram que a milícia constrói e vende imóveis irregulares na região.

Diniz foi chamado a depor na Polícia Civil para prestar esclarecimentos sobre a atuação da associação da Muzema. Havia suspeitas de que a instituição estivesse sendo utilizada como uma imobiliária clandestina para negociar os imóveis dos grupos paramilitares.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, ele foi intimado novamente a depor pela Polícia Civil, por suspeita de ligação com a milícia, segundo noticiou o jornal Extra.

A corporação investigava de que forma grupos criminosos estavam influenciando o pleito — em determinadas regiões, apenas candidatos apoiados pelo tráfico ou pela milícia podem fazer atos de campanha.

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