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Estado do Nordeste pode sofrer impacto de R$ 233 milhões na economia com tarifaço de Trump, aponta estudo

A Sudene avalia que a Região Nordeste pode perder, ao ano, mais de R$ 16 bilhões devido ao tarifaço de Trump.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

A taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos EUA Donald Trump, pode causar um impacto de até R$ 233 milhões na economia do Piauí, de acordo com um estudo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo o órgão, esse valor corresponde ao total de exportações feitas pelo estado ao longo de 2024. Em relação às importações de produtos norte-americanos, o Piauí gastou cerca de R$ 271 milhões em 2024.

De janeiro a junho de 2025, as exportações piauienses para os Estados Unidos representaram R$ 110 milhões, enquanto as importações foram de R$ 144 milhões.

O mel natural é o principal produto do Piauí vendido para o mercado norte-americano, totalizando R$ 60 milhões no primeiro semestre deste ano.

As ceras vegetais e de abelhas vêm depois, com R$ 33 milhões, seguidas dos peixes congelados, com R$ 5,5 milhões, e crustáceos, com R$ 3 milhões.

‘Perda significativa’, diz Sudene

A Sudene avalia que a Região Nordeste pode perder, ao ano, mais de R$ 16 bilhões devido ao tarifaço de Trump.

Essa perda representa, diretamente, mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. Além disso, outras consequências indiretas podem ocorrer na cadeia produtiva.

“[Haverá uma] perda significativa para a economia regional caso este mercado seja fechado a partir da taxação. Diante deste aumento absurdo de preços, os compradores americanos naturalmente iriam procurar outros fornecedores no mercado mundial”, destaca a superintendência.

Mel orgânico foi afetado

Em 12 de junho, a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis) afirmou que um cliente dos EUA cancelou uma compra de 95 toneladas de mel orgânico produzido no Sul do Piauí.

Após um apelo feito pelos produtores da Casa Apis aos clientes norte-americanos, o embarque dos contêineres com o mel foi liberado na noite de 13 de junho.

O presidente da entidade, Sitônio Dantas, explicou que a carga foi dividida entre diferentes navios, com rotas distintas, o que fará com que o mel chegue aos Estados Unidos em datas variadas.

Diante do temor de queda nas exportações e de aumento nos custos logísticos, o setor analisa possibilidades como a divisão da taxa de 50% com os importadores.

Por g1 Piauí

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