20 minutos

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, explica que produção de petróleo vai cair até 2050 e vê hidrogênio como saída energética

Uma hipótese defendida por Gabrielli para a transição energética é a utilização de hidrogênio. “É uma das saídas, só não é uma saída imediata".

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras

Clilson Júnior entrevista Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Foto: ClickPB

O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, se antecipa e explica que a produção mundial de petróleo deve ter uma queda até 2050. No entanto, “essa queda não vai ser tão grande como se espera”, explica o pesquisador em entrevista ao jornalista Clilson Júnior, do ClickPB.

Conforme a explicação de Gabrielli no 20 minutos com Clilson Júnior, a produção mundial de petróleo “deve cair mais ou menos de 36% ou 37% do que é hoje para alguma coisa em torno de 25% a 28% em 2050”. Segundo o pesquisador, “25% da fonte primária de energia ser do petróleo ainda é muita coisa”.

É importante, sob o ponto de vista de Sérgio Gabrielli, que a transição energética precisa aumentar. “Nós temos que crescer os utilizadores da energia eólica e solar. Ou seja, nós temos que crescer a utilização desses novos tipos de energia porque ela, por definição, é uma fonte de energia intermitente. O sol não tem de noite e o vento varia. Então, consequentemente, você precisa ter algum mecanismo de armazenamento e algum mecanismo de aumento da utilização quando você tem a maior produção desse tipo de energia”, comentou em entrevista a Clilson Júnior.

Uma hipótese defendida por Gabrielli para a transição energética é a utilização de hidrogênio. “É uma das saídas, só não é uma saída imediata. Mas a médio e longo prazo, segundo todas as previsões, provavelmente a partir de meados da década de 30, o hidrogênio vai dominar a utilização da energia eólica e solar no mundo”, explica Sérgio Gabrielli. O ex-presidente da Petrobras ainda enfatiza que o hidrogênio tem uma capacidade enorme. “A partir do hidrogênio você pode fazer fertilizantes, pode fazer energia elétrica. A partir do hidrogênio pode fazer gasolina, diesel e querosene de aviação sustentáveis, sem petróleo”, ressalta.

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