O advogado do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti, classificou a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB) de investigar um suposto esquema de corrupção envolvendo o clube e árbitros paraibanos como temerária. Para o advogado, o TJD-PB não poderia determinar abertura de inquérito baseado apenas em um áudio que seria supostamente de um ex-atleta do clube, já que o próprio jogador já teria negado ser autor do áudio.
Em contato com o Click PB, Alexandre Cavalcanti disse que, para se resguardar, o Botafogo da Paraíba já pediu ao Instituto de Polícia Científica para periciar o áudio e ter a confirmação se é uma montagem ou não, como alega o ex-zagueiro do clube, Walter.
“O Botafogo aguarda o laudo pericial da polícia científica para tomar alguma atitude. Enquanto não houver comprovação da autenticidade e da originalidade do áudio, o clube não pode acusar ou se defender de qualquer acusação”, declarou o advogado.
Ao classificar a decisão do TJD-PB como temerária, Alexandre Cavalcanti lembrou ainda que caso seja comprovado que o áudio divulgado não pertence ao zagueiro Walter, o atleta poderia entrar com um processo contra o tribunal.
A reportagem do ClickPB tentou entrar em contato com Federação Paraibana de Futebol mas ninguém atendeu as ligações.
Entenda o caso
O Tribunal de Justiça da Paraíba abriu o inquérito após ser divulgado um áudio até então atribuído ao zagueiro Walter, em que ele explica um esquema de corrupção envolvendo um dirigente do Botafogo, Breno Morais, e um árbitro paraibano. No áudio, declara-se que o dirigente botafoguense pagava a quantia de R$ 50 mil para “comprar” o árbitro. O zagueiro Walter, que atualmente defende o Rio Claro, emitiu uma nota negando ser o autor da denúncia.
Confira a transcrição do áudio que deu origem à investigação: “Já joguei lá, mano. O Breno paga os caras. Juiz… paga tudo, mano, para ganhar. É a maior várzea, mano. E os caras se vendem lá mesmo, mano. Dá 50 mil pros caras. E os caras se vendem tudo lá. Maior zica. (…) Ali nem adianta. Esquema do caralho nesta Paraíba, mano. Roubam na cara de pau.”
O áudio se refere à partida entre Botafogo-PB e Auto Esporte, pela semifinal do Campeonato Paraibano. Na ocasião o Belo venceu a partida por 3 a 1, mas a suspeita é de que no intervalo do jogo, Breno Morais, teria ido ao vestiário e avisado aos jogadores que o árbitro já estava comprado e que marcaria pênaltis a favor do Botafogo. O Belo teve dois pênaltis a seu favor no jogo.
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