
É gente, é hoje. Como diria o falecido mestre Carlson Gracie “não tem choro e nem vela”, por quê, até que enfim, Junior Cigano e Cain Velasquez vão trocar sopapos no octógonos do UFC, neste sábado (12).
O histórico evento vai dar o que falar. Os dois pesos pesados estão invictos na organização e, se não bastasse, possuem os melhores índices de acertos de golpes e de nocautes da categoria. É mole?
De um lado o americano campeão, filho de filipinos, e que possui o condicionamento físico mais assustador do MMA mundial. Mesmo tomando fortes socos, ele nunca cansa e sempre anda para frente. Eu disse SEMPRE. Isso tudo aliado ao melhor wrestling da categoria.
Do outro Cigano, talvez o atleta mais veloz do mundo entre os pesados e dono do melhor boxe do MMA. Apesar de nunca buscar a luta no chão, Cigano já deu mostras de que entende do assunto e que dificilmente é derrubado.
Tá, e se colocarmos tudo isso na balança, qual o resultado? Bom, meus caros, essa é a pergunta que vale um milhão de dólares. E já adianto que será a previsão mais difícil para mim, mas vamos lá.
Uma coisa que eu tenho clara para mim, por mais que o Velasquez comece buscando a luta em pé, já que ela começa assim, ele não é maluco o suficiente para passar cinco rounds trocando golpes com o Cigano.
Ou seja, entre um jab, cruzado e chute, Velasquez vai tentar derrubar. Mas deve esbarrar na velocidade e na ótima defesa de quedas do brasileiro. Frustrado, o americano deverá tentar imprensar o brasileiro nas grades.
Sim, estou dizendo que em alguns momentos, principalmente nos rounds iniciais, teremos momentos chatos na luta. Mas pode apostar que serão poucos. Bem orientado por seu treinador Luiz Carlos Dorea, Cigano deve rodar, girar e bater na longa distância, administrando a vantagem para vencer os primeiros rounds.
Até que, no terceiro ou quarto round, em algum vacilo de Velasquez, o brasileiro vai fechar a conta com mais de seus incríveis uppers de esquerda. Duvida? Bom, no domingo a gente conversa.
Cain Velasquez (EUA) x Junior “Cigano” dos Santos (Brasil)
Duelo duro, difícil e equilibrado. Mas o brasileiro deve abusar da velocidade de suas pernas e pontuar nos primeiros rounds para, perto do final da luta, aproveitar algum descuido do rival e nocautear.