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Corintianos que ficaram cem dias presos na Bolívia chegam ao Brasil

“Eu penso em dar uma camisa nova do Corinthians para ele”, falou Uiara sobre o presente que pretende dar a Danilo no dia dos namorados. Segundo a mãe a namorad

Corintianos que ficaram cem dias presos na Bolívia chegam ao Brasil

Sete dos 12 corintianos que foram presos em fevereiro na Bolívia chegaram na tarde deste domingo (9) ao Brasil. Parte do grupo foi solta na quinta-feira (6) pela Justiça boliviana, após mais de cem dias detidos em Oruro. Outros cinco torcedores do Corinthians continuam na penitenciária San Pedro. A situação destes deverá ser definida até o fim do mês. O pedido de liberdade teria sido feito pela defesa.

Os 12 corintianos haviam sido presos no dia 20 de fevereiro sob suspeita de autoria e cumplicidade no disparo de um sinalizador que matou o torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no jogo entre Corinthians e San José, pela Libertadores, na Bolívia. Todos negam envolvimento no crime.

Os sete corintianos desembarcaram nesta manhã num voo de La Paz para Guarulhos. Chegaram por volta das 14h30, ao aeroporto de Cumbica. Foram duas horas de atraso. Lá, já perto das 15h, foram recepcionados no saguão por familiares e torcedores emocionados.

  Os corintianos soltos são: Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Cléber de Souza, Danilo Silva de Oliveira, Hugo Nonato e Fábio Neves Domingos.

Ao saírem pelo portão de desembarque e avistarem a festa preparada para recepcioná-los, os corintianos não conseguiram segurar a emoção. “Parece gol da final do Corinthians no Mundial”, comparou Fábio Neves Domingos. “É um prazer pisar na minha terra, no meu chão”, completou Tiago Ferreira.

Alguns deles fizeram questão de citar os companheiros que permaneceram detidos na Bolívia. “Têm cinco irmãos que estão presos lá ainda”, declarou Danilo Silva de Oliveira. “Não estamos felizes ainda. Estão faltando os nossos cinco irmãos”, disse Fábio Domingos.

  Neste retorno ao Brasil, os planos agora são os de passar mais tempo com a família. “Agora a gente aprendeu a ficar um pouco mais de tempo ao lado das mães”, continuou Fábio, sobre o fato de os torcedores terem passado o Dia das Mães, em maio, presos em um outro país. “A primeira coisa que eu quero é estar com a minha família”, afirmou Rafael Machado Castilho Araújo.

Em depoimento prestado no Consulado da Bolívia em São Paulo, um adolescente de 17 anos, integrante da Gaviões, confessou ter sido o autor do disparo do artefato que matou Kevin. O menor brasileiro deverá ser responsabilizado pelo assassinato do boliviano.

Continuam detidos em Oruro: Leandro Silva de Oliveira, Reginaldo Coelho, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefeire e Cleuter Barreto Barros.

Parentes
Antes da chegada dos torcedores, Lucimara Vital Silva de Oliveira e Uiara Cristina dos Santos, respectivamente mãe e namorada de Danilo, esperam ansiosas pela chegada dele.

 

“Preparei uma lasanha e deixei o refrigerante gelado para ele”, disse Lucimara.

  “Eu penso em dar uma camisa nova do Corinthians para ele”, falou Uiara sobre o presente que pretende dar a Danilo no dia dos namorados.

Segundo a mãe a namorada de Danilo disseram à equipe de reportagem a ausência dele modificou completamente a vida delas e de toda a família do torcedor. “Nossa vida mudou. Foi Deus quem nos ajudou a superar isso”, afirmou Lucimara, em coro com Uiara.

O motorista Luiz Fernando Macedo Andrade foi a Cumbica com uma camiseta feita especialmente para esperar o corintiano Tadeu. Nela está estampada a foto do torcedor ao lado da avó, Maria dos Anjos. Ela morreu na quarta-feira, aos 84 anos, um dia antes de o corintiano saber que seria solto. “Nos falávamos para ela que ele estava viajando”, disse Luiz.

Advogados
Davi Gebara, advogado da Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas do Corinthians, comentou em Guarulhos que o retorno dos sete corintianos ao Brasil é bem vindo, mas não há motivos para comemoração. “Não tem motivo de festa. Mesmo porque tem uma vítima e cinco corintianos continuam presos”.

De acordo com Ricardo Cabral, advogado do menor que confessou o disparo que matou Kevin Espada, o depoimento dele foi fundamental para a libertação dos sete corintianos que estavam presos na Bolívia. “Sem dúvida, foi importante”, disse o defensor, que também estava em Cumbica.

 

Cabral também comentou a investigação que está sendo feita no país vizinho sobre a morte do boliviano.  “O Ministério Público da Bolívia não conseguiu mostrar ainda se o disparo feito pelo menor causou a morte de Kevin Espada. Ainda não é possível saber se o Ministério Público brasileiro vai abrir procedimento contra o menor no Brasil”, declarou.

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