Del Nero durante depoimento em CPI no Senado — Foto:Reprodução/Reuters
Abatido com as revelações que se avolumam na Justiça dos EUA e que apontam o seu envolvimento com crimes de corrupção, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, admitiu pela primeira vez que pode não terminar seu mandato. Fez esse comentário esta semana diante de dirigentes mais próximos e de alguns presidentes de federações estaduais.
“Estava cabisbaixo e até surpreendeu quem o ouviu”, disse uma fonte com trânsito livre no gabinete de Del Nero.
A próxima eleição na CBF está prevista para abril de 2018. No entanto, a posse da chapa vencedora só ocorrerá em abril de 2019, que é quando, de fato, se encerra o mandato de Del Nero.
O presidente da CBF tem acompanhado com muita apreensão o dia a dia do julgamento de seu ex-aliado José Maria Marin pela Corte americana.
Além de falar diariamente com seus advogados sobre as acusações que lhe situam no centro de um esquema de recebimento de propinas para venda de direitos de transmissão de competições de futebol – Copa América, Copa Sul-Americana e Libertadores -, Del Nero se vê flagrado por auxiliares próximos a todo momento em busca do noticiário sobre o andamento do julgamento.
À imprensa, ele nega que tenha cometido atos ilícitos relacionados à sua posição de liderança no futebol brasileiro.
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