O fundador da Wikileaks, Julian Assange, e o ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) Edward Snowden celebraram a comutação de pena de Chelsea Manning anunciada nesta terça (17) pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Manning foi condenada a 35 anos de prisão em 2013, por vazar um número recorde de documentos secretos para o Wikileaks em 2010.
Foram 470 mil registros das guerras do Iraque e Afeganistão, 250 mil telegramas do Departamento de Estado e outros documentos classificados expostos, o que representou um revés para a diplomacia americana quando o Wikileaks publicou os documentos.
Em junho daquele ano, Chelsea Manning, que naquela época se chamava Bradley, foi presa. Ela cumpre pena numa prisão militar do Kansas, onde iniciou um tratamento de mudança de sexo. Manning fez duas tentativas de suicídio nos últimos meses.
“Obrigado a todos que fizeram campanha pela clemência de Chelsea Manning. Sua coragem e determinação tornaram possível o impossível”, disse Assange, citado pela página do WikiLeaks no Twitter.
Julian Assange, o fundador da Wikileaks refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, disse na semana passada que se Obama suspendesse a condenação da ex-soldado, se entregaria à Justiça americana. O compromisso foi reiterado por sua advogada Melinda Taylor.
Edward Snowden foi o ex-analista da NSA que, em 2013, vazou detalhes dos programas de espionagem de amplo alcance nacional e internacional e se refugiou na Rússia para evitar ser processado nos EUA.
“Deixe-me dizer, honestamente, de bom coração: obrigado, Obama”, disse Snowden no Twitter. Ele também mandou uma mensagem para Manning: “Em cinco meses, você estará livre. Obrigado pelo que fez para todos, Chelsea. Seja forte um pouco mais de tempo”.
Snowden também requisitou um perdão ao presidente, mas não foi atendido por Obama, devido a sua recusa em enfrentar os tribunais americanos.
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