A kriptonita, pedra fictícia utilizada pelos inimigos do Superman para debilitá-lo, existe sob a forma de um mineral muito parecido, declarou à AFP um mineralogista do Museu de História Natural de Londres.
O dr. Chris Stanley afirma que este mineral – batizado como jadarita devido à região sérvia em que foi encontrado pela companhia mineradora Rio Tinto – contém os mesmo elementos que os célebres cristais que despojam o super-herói de seus poderes.
O único componente que falta é a fluorita. "Mas todos os demais elementos respeitam a composição química da kriptonita", afirma Stanley.
Ao jogar na internet os componentes do mineral que estava analisando, Chris Stanley foi parar no site do filme "Superman – O Retorno" (2006) e então se deu conta de que o arquiinimigo do herói, Lex Luthor, havia roubado de um museu um fragmento de kriptonita guardado num cofre no qual estava escrita sua composição: sódio, lítio, boro, silicato, hidróxido e fluorita.
"Eu tentatva encontrar um vínculo com o cristal borosilicato utilizado para conter dejetos radioativos e caí numa coincidência direta com a criptonita. É incrível!", declarou o pesquisador.
Ao contrário das pedras luminosas verdes ou vermelhas que abatem completamente o mais famoso filho de Kripton, a verdadeira kriptonita é branco e aparece em pó. Não é radioativa e, supostamente, também não se origina no planeta natal de Superman.
O gás kripton (criptônio), que existe na realidade e é utilizado em algumas lâmpadas incandescentes, não está presente na jadarita, motivo pelo qual o mineral não pode ser chamado oficialmente de kriptonita.
Todos os anos são descobertos entre 30 e 40 novos minerais, mas sua composição química deve ser submetida a uma análise rigorosa para ser reconhecido pela Associação de Mineralogia Internacional.
A composição e as peculiaridades da jadarita aparecerão detalhadas no próximo número da revista bimensal European Journal of Mineralogy, co-editada pelas sociedades de mineralogia da Espanha, Alemanha, França e Itália.
Entretanto, o público poderá observá-la até domingo, 15 de maio, no Museu de História Natural de Londres.
G1