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Pai do tango, Gardel tem sua origem desvendada

  A origem do famoso cantor de tangos Carlos Gardel foi, durante décadas, motivo de debate entre argentinos, uruguaios e […]

Pai do tango, Gardel tem sua origem desvendada

 

A origem do famoso cantor de tangos Carlos Gardel foi, durante décadas, motivo de debate entre argentinos, uruguaios e franceses. Depois de dez anos de investigações, o argentino Juan Carlos Esteban e os franceses Georges Galopa e Monique Ruffié lançaram o livro “O pai de Gardel”, no qual revelam a provável identidade do pai dele, o francês Paul Jean Lassere, e confirmam: Gardel nasceu em 11 de dezembro de 1890, em Toulouse – tendo sido registrado como Charles Romuald Gardés.

O “rei do tango” chegou a Buenos Aires quando tinha apenas 2 anos e 3 meses com a mãe, Berthe Gardés. Os pesquisadores encontraram, em Toulouse, uma senhora de 93 anos, fruto de outro relacionamento de Lassere, que disse ter um filho disposto a fazer o exame de DNA para provar o parentesco com Gardel.

O nome de Lassere já tinha sido mencionado em outros trabalhos sobre a vida de Gardel, mas o livro traz depoimentos inéditos. O relacionamento entre Lassere e Berthe é descrito como um romance escandaloso, nunca aceito pela família dela. Os pesquisadores também divulgaram a certidão de nascimento de Gardel – que já fora mencionada no livro “Arquivo Gardel”, de 2010, que contém cartas, documentos e fotos pessoais do cantor encontrados numa mala que passou por várias mãos até chegar ao Centro Gardeliano de Buenos Aires.

Segundo o pesquisador Juan Carlos Esteban, a confusão entre franceses e uruguaios surgiu pela decisão de Gardel de inscrever-se no consulado do Uruguai em 1920, quando foi convidado para realizar uma série de apresentações na Espanha. Na época o cantor não tinha documentos, já que nos anos anteriores evitara ir ao consulado francês por temer ser convocado pelo Exército durante a Primeira Guerra Mundial. Sem papéis argentinos ou franceses, Gardel optou pelo Uruguai porque as leis do país facilitavam a obtenção da cidadania para uruguaios residentes no exterior. Com esse objetivo, registrou-se como uruguaio, nascido em Tacuarembó, em 11 de dezembro de 1887.

– Foi uma documentação apócrifa. Com isso ele conseguiu um certificado provisório por um ano, como uruguaio, mas essa documentação não aparece em lugar algum. Tampouco existe certidão de nascimento, a certidão é de Toulouse – disse.

A versão mais famosa entre os uruguaios aponta que Gardel efetivamente nasceu em Tacuarembó, no interior do país, e que sua mãe chamava-se Maria Oliva. A mulher teria engravidado do cunhado, Carlos Escayola, e depois entregue o bebê a uma francesa que o criou.

Segundo o novo livro, anos depois de forjar a nacionalidade uruguaia, o cantor foi ao Ministério do Interior argentino e obteve seu certificado de nacionalidade argentina. Também é narrada a história triste de sua mãe, sua grande companheira, expulsa da família na França por ser mãe solteira. Eles chegaram sozinhos a Buenos Aires, onde os primeiros anos foram de muito sacrifício. Depois vieram os momentos de glória na música e no cinema – e o inesperado acidente de avião que matou Gardel na Colômbia, em 24 de junho de 1935.

 

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