O chefe da Federação Policial portuguesa, Carlos Anjos, acusou os médicos britânicos Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine McCann, 4, a garota desaparecida desde o último dia 3 de maio no sul de Portugal, de "colocarem em risco" a investigação do caso.
As críticas de Anjos ocorrem no momento em que a imprensa britânica informa que restos de cabelo supostamente de Madeleine foram achados atrás de um sofá no apartamento da família em praia da Luz, na região de Algarve, aonde a menina desapareceu.
Restos de cabelo foram enviados aos laboratórios de Serviços de Ciências Forenses de Birmingham, na Inglaterra, onde também são analisadas evidências de sangue e outros fluídos achados anteriormente.
Uma das teorias que a polícia portuguesa analisa é a possibilidade de que Maddie morreu após ter sido sedada por seus pais, ambos de 39 anos.
Os detetives seguem insistindo que o casal encobriu a morte da garota e transportou o corpo de Madeleine semanas depois no porta-malas de um veículo Renault Scenic alugado.
As amostras de cabelo foram encontradas muito próximas de onde os cães farejadores acharam "odor de morte" no apartamento do complexo turístico de Ocean Club.
De acordo com a publicação portuguesa "Jornal de Notícias", essa evidência seria "decisiva".
Por sua vez, Anjos afirmou que as crescentes tensões entre os McCann e as autoridades portuguesas, estão colocando em perigo as investigações, e sugeriu que os pais da garota utilizam "táticas de desvio" para distrair a polícia.
"Desde o desaparecimento de sua filha, Gerry e Kate seguem uma estratégia de anúncios quase diários de novos dados", afirmou Anjos ao Diário de Notícias.
Para o especialista, estes "novos dados" prejudicam o andamento do caso.
Folha