Presidente dos EUA

Trump tenta justificar menção a ataque inexistente na Suécia

“Vejam o que aconteceu na Alemanha, vejam o que aconteceu na noite passada na Suécia. Suécia, quem diria”, disse Trump, ao justificar sua política migratória restritiva

Trump tenta justificar menção a ataque inexistente na Suécia

A frase do governante americano provocou críticas e comentários irônicos — Foto:Ron Sachs - Pool/Getty Images

Durante um comício no Aeroporto Internacional de Orlando-Melbourne, na Flórida, neste sábado (18/02), Trump mencionou uma série de ataques terroristas para justificar seu decreto anti-imigração, incluindo um que teria ocorrido na Suécia.

Após críticas e pedido de explicação por parte do país escandinavo, presidente americano afirma que se referia a reportagem de TV, ao insinuar ocorrência de grandes proporções ligada a refugiados.

Após uma série de críticas e piadas sobre seu comentário a respeito de um atentado terrorista inexistente na Suécia, o presidente americano, Donald Trump, afirmou no domingo (19/02), através do Twitter, que se referia a uma reportagem da emissora Fox News sobre imigrantes no país escandinavo.

“Minha declaração sobre o que está acontecendo na Suécia foi em referência a uma reportagem que foi transmitida na @FoxNews sobre imigrantes e a Suécia”, escreveu o governante no Twitter.

Gafe em comício

“Vejam o que aconteceu na Alemanha, vejam o que aconteceu na noite passada na Suécia. Suécia, quem diria – eles deixaram muitos entrarem e agora têm um monte de problemas que nunca pensaram serem possíveis”, disse, ao justificar sua política migratória restritiva, enumerando em seguida Bruxelas, Nice e Paris, cidades europeias atingidas por atentados.

O Ministério do Exterior sueco exigiu que o governo dos Estados Unidos explique a declaração de Trump. “O Departamento de Estado dos EUA recebeu um pedido de esclarecimento”, disse no domingo a porta-voz do ministério, Catarina Axelsson, em Estocolmo. Axelsson observou que o governo sueco não sabe de nenhum grande incidente recente relacionado a terrorismo no país.

“Queremos saber o que ele quer dizer”, afirmou a ministra sueca do Trabalho, Ylva Johansson, em entrevista à televisão estatal sueca. “O presidente dos EUA fala, e o mundo inteiro escuta. Ele fala sobre a Suécia de uma maneira em que nós não entendemos o que ele quer dizer e a que ele se refere – em conexão com atos terroristas em outros países”, criticou a ministra.

Trump não disse exatamente a que reportagem ele se referia. A edição da noite de sexta-feira do programa Tucker Carlson Tonight, da Fox, incluiu uma entrevista com o documentarista Ami Horowitz sobre seu filme tematizando problemas relacionados à imigração na Suécia.

Entretanto, autoridades suecas rechaçaram o conteúdo do documentário, segundo o qual o país sofreu com uma explosão de criminalidade após acolher centenas de milhares de refugiados nos últimos anos.

A frase do governante americano provocou críticas e comentários irônicos. “A Suécia? Um ataque terrorista? O que ele fumou?”, perguntou, com sarcasmo, no Twitter o ex-primeiro-ministro da Suécia Carl Bildt.

No Twitter, os usuários fizeram piada sobre o caso usando as hashtags #lastnightinSweden e #SwedenIncident.

No primeiro mês do mandato de Trump, Washington divulgou diversas informações incorretas sobre alegados ataques e massacres. O porta-voz de Trump, Sean Spicer, falou três vezes em uma semana sobre um suposto atentado em Atlanta, quando na verdade se referia a Orlando.

No começo deste mês, uma das principais conselheiras do presidente Donald Trump, Kellyanne Conway, mencionou um massacre que nunca existiu para tentar justificar o decreto que proíbe a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países majoritariamente muçulmanos.

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