New York Times
Em uma região agrícola pobre, no nordeste da Tailândia, muitas jovens têm o mesmo sonho, e para algumas ele se realiza. “O maior sonho da minha vida sempre foi casar com um estrangeiro”, afirma Nui Davis.
Os casamentos entre ocidentais e tailandesas são tão comuns que já se transformaram em negócio local. Milhares de homens optaram por morar nas cidades e aldeias da Tailândia em vez de voltar com suas esposas para os EUA ou para a Europa.
“A presença dos estrangeiros dá apoio à economia e também ajuda as tailandesas pobres a melhorar de vida. Mas, ao mesmo tempo, já começou a se transformar em negócio. A maioria desta esposas não se importa com a idade do homem, apenas com seu dinheiro”, explica John Thavon, gerente de serviços internacionais do hospital local.
Muitos maridos são aposentados que vivem de pensão. Mas, pelos padrões locais, são ricos. Normalmente, espera-se que eles paguem um dote de milhares de dólares e ajudem a sustentar os parentes da esposa.
Questões culturais e financeiras podem acabar com um casamento. Mais da metade destes casais se separam. Diferenças de idade também são comuns. Dennis Sorensen é 32 anos mais velho que a esposa. “Já houve problemas. O dinheiro acaba e não posso cuidar de todos. Isso já causou crises, mas superamos tudo da melhor maneira possível”, diz Dennis.
Nestes casamentos, o que interessa às mulheres é o dinheiro e a segurança. Já os homens são atraídos pela imagem de uma mulher dócil e afetuosa. “As tailandesas são como as americanas de 50 anos atrás. As mulheres, hoje, sabem que são iguais, e por isso a situação é mais pacífica entre um americano e uma tailandesa”, afirma Joe Davis, marido de Nui.