
Ela lembrou dos casos pesquisados em escolas e deu como exemplo um estudo de uma escola no Rio de Janeiro que identificou consequências negativas devido o uso de telas por crianças e a proibição do uso do celular também durante o recreio na escola. — Foto:Clilson Júnior
Janeiro Branco é um mês de atenção e cuidado com a saúde mental, que também é alvo de muitas questões na infância, principalmente com o uso ilimitado de telas frequentemente visto por crianças e até bebês. A situação gera polêmica e a psicóloga Aline Arruda em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (3), disse que a recomendação é evitar qualquer uso até os dois anos da criança e, limitação de horário com o passar da idade.
“Até dois anos não ter telas, zero uso de telas. Entre dois e seis anos no máximo 30 minutos de telas por dia e de seis a 10 anos no máximo duas horas de tela”, explicou a psicóloga destacando as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como acompanhou o ClickPB, a psicóloga Aline Arruda alertou para a falta de socialização entre crianças que começam precocemente a usar telas e os prejuízos desse isolamento para a saúde mental na infância.
Ela lembrou dos casos pesquisados em escolas e deu como exemplo um estudo de uma escola no Rio de Janeiro que identificou consequências negativas devido o uso de telas por crianças e a proibição do uso do celular também durante o recreio na escola.
“É importante o processo de socialização das crianças, de brincar no intervalo e de interagir com outras crianças. As crianças estão deixando de brincar no sol, de interagir com a família e de brincar no recreio na escola. Termina que elas não estão mais brincando, nem desenvolvendo a criatividade devido ao uso das telas, que é bem atrativo. Entre irmãos, amigos e entre pais tem baixado o tempo de interação e convivência devido o celular e isso tem provado a percepção de baixa auto-estima, de melancolia e depressão nas crianças”, alertou como acompanhou o ClickPB.