Hospital Samaritano, em JP, será lacrado o segundo arco cirúrgico, aparelho utilizado para realizar cirurgias. — Foto:Reprodução
O Ministério Público da Paraíba, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gerência de Vigilância Sanitária de João Pessoa (GVS) e Receita Estadual retomaram nesta quarta-feira (18) as fiscalizações aos hospitais de João Pessoa e lacram, nesta tarde, no Hospital Samaritano, em João Pessoa, o segundo arco cirúrgico, aparelho utilizado para realizar cirurgias. O primeiro, que não estava sendo utilizado, foi interditado ontem, por suspeita de ter sido contrabandeado.
No Samaritano, os órgãos de fiscalização também interditaram ontem dois equipamentos de empresas terceirizadas que prestam serviços para o hospital: um raio-x (a sala não tinha condições sanitárias) e um aparelho de angioplastia 3D. Segundo o Ministério Público, o hospital não conseguiu comprovar a origem dos equipamentos, ou seja, não tinham o selo da Anvisa e nem houve a apresentação da nota fiscal.
No Hospital São Vicente de Paula, foram interditados um raio-x e um mamógrafo. Já na Clínica Radiológica da Paraíba também a interdição também foi de um mamógrafo e um raio-x.
A fiscalização em João Pessoa se soma às ações que a Anvisa e a Polícia Federal vêm realizando em todo o Brasil para combater equipamentos médicos irregulares. A suspeita é de que esses equipamentos tenham sido contrabandeados dos Estados Unidos. Após investigações realizadas pela Polícia Federal em 2017, descobriu-se que esses equipamentos que não são novos estavam sendo recuperados e vendidos no Brasil.
Segundo confirmou o Ministério Público da Paraíba, a polícia identificou que o arco cirúrgico do Hospital Samaritano e os mamógrafos encontrados na Clínica Radiológica da Paraíba e no Hospital São Vicente de Paula eram equipamentos de origem da empresa suspeita do contrabando.
Outro arco cirúrgico do Hospital Samaritano não foi interditado ontem porque seria utilizado na realização de cirurgias de urgência, mas a partir de hoje será lacrado e não poderá mais ser utilizado, informou o Ministério Público.
A investigação apurou que os equipamentos eram adquiridos por um valor abaixo do valor de mercado.