Cinco servidores da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) foram afastados do Lar do Garoto, que fica em Lagoa Seca. O local é utilizado para ressocialização de menores infratores. O afastamento dos servidores foi divulgado na edição deste sábado (10) do Diário Oficial do Estado (DOE).
Como apurado pelo ClickPB, a portaria de afastamento cita que os investigados cometeram transgressões disciplinares e que, considerando a gravidade dos fatos, o afastamento é necessário. O teor da transgressão não foi divulgado.
No DOE, é citado que será instaurado um processo administrativo disciplinar para investigação das transgressões. O prazo para a conclusão da investigação é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias.
Veja abaixo a publicação com o afastamento dos servidores:
Atualização:
Na quinta-feira (15) o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almeida emitiu uma nota sobre o afastamento de servidores no Lar do Garoto.
Confira a nota na íntegra:
A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almeida vem a público esclarecer a situação envolvendo o afastamento de cinco servidores do Lar do Garoto, localizado em Lagoa Seca.
Conforme a portaria publicada no Diário Oficial do Estado no último sábado, dia 10 de agosto, o afastamento foi atribuído a supostas transgressões disciplinares. Contudo, em contato com os servidores, o presidente do Sintac, Márcio Philippe, foi informado que o incidente de agressão entre internos ocorreu sem absolutamente qualquer envolvimento dos Agentes Socioeducativos, conforme registros oficiais internos do dia plantão em que houve o ocorrido.
Além disso, a Unidade Lar do Garoto está passando por uma reforma significativa em suas instalações, o que tem afetado negativamente a rotina e o ambiente de trabalho de toda a comunidade socioeducativa.
O Sindicato já encaminhou diversas solicitações à Direção da Unidade, incluindo questões relacionadas ao efetivo mínimo de Agentes Socioeducativos por plantão, liberação das permutas e implantação do Conselho Gestor, mas não obteve respostas até o momento.
O Sintac expressa sua preocupação com os problemas que impactam a rotina da unidade e reitera a necessidade urgente de diálogo com os servidores, que tem sido ausente. Por isso, o Sindicato se opõe veementemente ao afastamento dos Servidores, apontando a falta de clareza nas motivações e a ausência de comprovação de riscos relacionados à continuidade do trabalho dos Agentes Socioeducativos. O Sintac alerta as autoridades competentes para a situação crítica enfrentada no Complexo Lar do Garoto.