Após o anúncio, de que mais uma vez, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) perderá 229 bolsas de pós-graduação – mestrado e doutorado -, o que corresponde a 34,4% das concessões feitas em 2019, após a publicação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes), o pró-reitor de Pós-Graduação, Benemar Alencar, enviou ofício ao presidente da Capes, Benedito Aguiar, pedindo a revogação da Portaria.
O documento foi enviado nesta quinta-feira, dia 26, “ na impossibilidade de revogação, solicitamos no ofício que, ao menos, repense a concessão de bolsas à UFCG para 2020, no sentido de melhorá-la no que for possível e afastar o risco do encerramento de programas reconhecidamente estratégicos para a Universidade e para a região”, destacou.
No último dia 18 de março, a Portaria Nº 34, de 9 de março de 2020, lançou as diminuições das bolsas e alterou a distribuição dos recursos.
O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP) também se manifestou contrário à Portaria (ver aqui), pedindo sua imediata revogação.
De acordo com levantamento feito pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFCG (PRPG), com a nova Portaria, apenas um curso de mestrado (Ciência Política) e outro de doutorado (Engenharia Civil e Ambiental) receberam uma cota a mais. Um segundo curso de mestrado (Administração) manteve o número de bolsas (quatro) que teve em 2019. Todos os demais cursos da UFCG tiveram redução de cotas de bolsa, inclusive, Engenharia Elétrica (nota 7), considerado padrão internacional de excelência.
Cinco cursos perderam todas as bolsas e, portanto, estão com seus futuros comprometidos. São eles: os mestrados em Ciências Florestais, Física e História; e doutorados em Engenharia de Processos e Engenharia Química.
LEIA MAIS: Impacto de cortes de bolsas da Capes foi maior no Nordeste
LEIA MAIS:UFCG perde 218 bolsas de mestrado e doutorado, após cortes do governo no orçamento da Capes