A Delegacia de Defraudações e Falsificações da Paraíba (DDF/PB) já tem provas concretas de atuação de membros de uma suposta organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos. Um dos líderes da organização, Flávio Borges, está sendo acusado de fraudar o concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Ele foi flagrado enviando mensagens através do Whatsapp para outro suspeito, também daquele estado, ainda em liberdade.
Em sua 4ª fase, a Operação Gabarito já conseguiu analisar mais de 15.000 arquivos digitais de suspeitos da organização criminosa.
A operação já identificou, por exemplo, mais de 100 concursos fraudados pela organização criminosa. As diligências atuais permitiram identificar 40 membros da organização criminosa, que atuam em diversos estados do Brasil e mais de 200 candidatos beneficiados pelo esquema.
A Polícia Civil da Paraíba informa estar adotando todas as medidas cabíveis para a exclusão dos beneficiados em todos os concursos identificados e para a prisão dos membros da organização que continuam em liberdade.
Em Pernambuco, os candidatos foram às ruas pedir a anulação do concurso do TJPE. Pelas redes sociais, candidatos reclamaram da falta de rigidez nos locais de provas, comentando que detectores de metais só eram utilizados nas idas ao banheiro e que os fiscais não checavam se as bolsas com celulares estavam fechadas.
A partir das conversas pelo Whatsapp, foram identificadas fraudes nos concursos públicos do TJPE, além do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nas capturas de tela, é notável a confiança dos suspeitos de fraudes nos concursos na impunidade. “Dessa vez é praticamente impossível dá (sic) errado”, afrma um deles.
Confira abaixo os prints de conversas entre Flávio Borges e outro membro da organização, que foram divulgados pela Polícia Civil.