Sem diálogo

Cartaxo chama de palanque político reunião com empresa que quer investir R$ 120 mi na PB

Para Cartaxo, não compete ao Governo do Estado intervir, já que o embargo foi feito pela Prefeitura de João Pessoa.

Cartaxo chama de palanque político reunião com empresa que quer investir R$ 120 mi na PB

Luciano Cartaxo disse que as empresas que quiserem se instalar em João Pessoa têm que apresentar toda a documentação — Foto:Walla Santos

O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) não tem nenhuma disposição de permitir a construção de um Home Center do Grupo Ferreira Costa que prevê a geração de pelo menos 500 empregos na Paraíba. Após não comparecer a reunião no Palácio da Redenção para discutir o problema e nem enviar representante da Prefeitura, Cartaxo comemorou, nesta quinta-feira (14), em entrevista a duas emissoras de rádio paraibanas, que a reunião convocada por Ricardo Coutinho (PSB) não teve nenhum “resultado prático”, já que a prefeitura não se fez presente. 

Para Cartaxo, não compete ao Governo do Estado intervir, já que o embargo foi feito pela Prefeitura de João Pessoa. O prefeito justificou que não compareceu à audiência para tratar do problema porque acha que o governador Ricardo Coutinho pretendia “transformar num palanque político”. “O Governo do Estado não se cansa de criar polêmica, de fazer disputa, de pensar em enfrentamento. Os problemas de João Pessoa eu resolvo, não preciso de ninguém ensinando a resolver os problemas da Capital”, disse Cartaxo.

Cartaxo, no entanto, não conseguiu explicar por que a prefeitura não seguiu parecer da Secretaria de Planejamento contrário ao embargo do empreendimento. O parecer jurídico desaconselha o embargo porque a empresa estava executando a fase para a qual possuía as licenças da prefeitura. 

Além disso, o prefeito não confirmou se vai receber a empresa para resolver a questão. Cartaxo disse que os canais de comunicação com a prefeitura estão abertos, por meio da Secretaria de Planejamento, Secretaria de Meio Ambiente, e se quiser falar com o prefeito, os secretários é que agendam. 

Cartaxo afirma que a empresa não tem a documentação completa para se instalar em dois terrenos localizados na cidade de João Pessoa. Segundo o gestor, a empresa adquiriu um terreno na cidade de Cabedelo e dois na cidade de João Pessoa. Mas somente apresentou, segundo ele, documentação completa relativa a um dos terrenos, e que, posteriormente, a empresa quis ampliar o empreendimento para o segundo terreno, sem apresentar a documentação necessária, que seria o documento de autorização da Aeronáutica, por estar próximo ao Aeroclube. “Quem quer se instalar em João Pessoa, traz a documentação”, disse Cartaxo. “Isso é uma coisa institucional, isso não tem que ser favor do gestor”, disse Cartaxo.

As entrevistas foram concedidas aos programas de rádio Correio Debate e Rádio Verdade. 

O Grupo Ferreira da Costa quer investir R$ 120 milhões na construção de um Home Center na estrada para Cabedelo, entre as duas cidades, mas sofreu embargo da PMJP. O governador Ricardo Coutinho convidou o prefeito para uma reunião, na qual o prefeito não se fez presente e nem mando representante, e agora o Ministério Público deve tentar uma conciliação para que a Paraíba não perca os investimentos. 

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