O vereador Renato Martins e o deputado Raoni Mendes criticam a gestão da PMJP — Foto:Montagem Walla Santos
O deputado Raoni Mendes (DEM) protocola ainda hoje (18) no Ministério Público pedido de investigação sobre a denúncia protocolada no Tribunal de Contas do Estado de um suposto esquema financeiro para beneficiar o Laboratório de Patologia Clínica Walfredo de Brito LDA, de propriedade de Frederico Simões Cartaxo Ferreira, possível parente do prefeito de João Pessoa.
O deputado vai solicitar à Prefeitura a suspensão imediata do contrato com o laboratório e que se investigue o grau parentesco de Frederico com o prefeito.
Raoni se mostrou estarrecido com a denúncia. “Isso mostra que a política de transparência pública da Prefeitura é apenas marketing”, avalia.
Já o vereador Renato Martins (PSB) aguarda o retorno dos trabalhos legislativos da Câmara para solicitar a realização de audiência com os gestores da saúde da Prefeitura de João Pessoa, para discutir a denúncia.
O socialista também tem intenção de recorrer ao Ministério Público para identificar o número de usuários prejudicados com o convênio, com dispensa de licitação, entre o Laboratório de Patologia Clínica Walfredo de Brito e o Laboratório Central de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde, que é gerenciado por Frederico Simões Cartaxo.
Renato Martins quer ainda que o Conselho Municipal de Saúde investigue a denúncia do contrato de mais de R$ 340 mil. Segundo o vereador, são denúncias que explicam os motivos de uma péssima prestação de serviço de saúde à população da Capital. “O dinheiro da saúde é usado para beneficiar amigos e parentes do prefeito”, dispara.
Entenda o caso:
Denúncia protocolada no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) aponta um suposto esquema que envolve dispensa de licitação, enriquecimento ilícito, crimes de atentado contra os princípios da administração pública. Um contrato entre o Laboratório Patologia Clínica Walfredo de Brito LDA para prestar serviços ao Laboratório Central de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde, envolve um suposto parente do prefeito de João Pessoa.
O contrato de R$ 347.992, dos quais teriam sido pagos cerca de R$ 250 mil, fere a lei de licitação e beneficia um suposto primo do prefeito de João Pessoa.
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