Taxistas são contra a proposta da Companhia Paraibana de Gás (PBGás), no aumento de 5,73% no preço do Gás Natural Veicular (GNV) vendido na Paraíba, o novo reajuste que será aplicado a partir de 01 de novembro, mobiliza a categoria a repensar na colocação do kit gás em seus veículos.
Na manhã da última sexta-feira (16), a PBGás realizou uma audiência pública para apresentar a proposta do aumento do Gás Natural. A audiência contou com a participação de representantes do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, do Centro de Indústrias na Paraíba (Ciep) e da Agência Reguladora do Estado da Paraíba (ARPB), que reivindicaram e levantaram questionamento sobre o novo reajuste.
O preço do Gás Natural Veicular (GNV) está sendo alvo de reclamações por parte dos consumidores, pois em relação ao álcool, tem tornado desvantajoso o abastecimento com o GNV e a instalação do kit gás nos veículos, que custa em média R$ 3.500.
Para o taxista Agnaldo Augusto, esse aumento vem desestimular cada vez mais o consumidor a instalar o gás natural em seu automóvel. “No início o metro cúbico do gás era de R$ 0,35, o que supria economicamente a instalação e desvalorização do nosso veículo, mas hoje o gás natural custa em média R$ 1,699. Devido esse aumento, quem colocou gás no seu transporte começou a ver uma serie de desvantagem, primeiro o carro fica mais pesado, o motor trabalha mais quente, os amortecedores têm que serem reforçados e o carro perde valor na hora da venda” comenta o taxista.
Dados apresentado pelo Ciep mostra que em 5 anos o valor do gás natural teve um aumento de aproximadamente 84%, enquanto o diesel aumentou 52,2%, a gasolina 29,1%, o álcool subiu 27,9% e o gás de cozinha (GNP) registrou um aumento de 14,4%.
Segundo Antônio Henriques Filho, representante do Sindicato Intermunicipal dos Taxistas, Caminhoneiros e Escolares na Paraíba (Sindtaxi-PB), o aumento do preço do GNV vai refletir diretamente no bolso do consumidor, “Para a categoria é péssimo, porque todo o aumento que vem reflete no bolso do consumidor, no nosso caso o taxista. Ninguém quer mais colocar um kit de gás, porque quando se vende um carro adaptado, perde cerca de 40% do valor do transporte, então para os motoristas é mais viável hoje abastecer o carro com álcool e manter a originalidade do veículo”, relata Antonio Henriques.
De acordo com Ademar J. de Souza, Assessor de Tarifas e Preços da PBgás, o aumento é consequência de um repasse no custo de gás que foi adquirido pela Petrobras, esse repasse é feito trimestralmente, em fevereiro, maio, agosto e novembro. Com esse novo reajuste, a PBgás calculou que o valor repassado ao consumidor final poderá chegar ao preço de até R$ 1,790 o metro cúbico.