Combater o hábito de fumar é algo que movimenta milhões de reais do erário todos os anos em países como o Brasil, buscando identificar as causas do perigoso vício a equipe do portal ClickPB entrevistou uma série de fumantes objetivando traçar o perfil daqueles que esquecem da saúde em nome de um prazer questionável.
Para Geraldo Silva, fumante a mais de sessenta anos “essa história de que o cigarro mata é bobagem, as pessoas podem ter problemas pulmonares sem jamais ter fumado, tudo aquilo que se faz de maneira descontrolada pode levar uma pessoa a adoecer, eu fumo 6 meses do ano e paro 6 meses, nunca tive problema para parar, gosto de fumar e acho que na minha idade o cigarro não vai prejudicar tanto”, comentou o funcionário público aposentado de 76 anos.
Já para a doméstica, Adeilma Leite, “o cigarro é um companheiro que ajuda a aliviar as confusões do dia-a-dia, quando estou muito estressada ele me acalma, gosto de ficar sozinha fumando, sei que isso faz mal, porém não abro mão de um bom cigarrinho”, admitiu.
Em geral uma constante entre os fumantes é garantir que o cigarro tem o poder de acalmar, fato no mínimo curioso já que pesquisas demonstram que normalmente o que ocorre é um aumento da pressão arterial.
Guilherme Sávio, assessor de imprensa lembra que o cigarro pode até ser agradável após as refeições “adoro fumar depois do almoço, me sinto bem é como se ele completasse o sabor da comida, na verdade sei que se eu fumar demais poderei ter problemas pulmonares ou cardíacos, mas não me considero viciado acho que posso parar de fumar quando sentir vontade”, garantiu.
Nosso grupo de entrevistados, normalmente diz que conseguiria parar de fumar se desejasse, porém a maior parte deles fuma a mais de 10 anos, e sabemos que parar de fumar após tanto tempo não é algo muito fácil.
Paulo Dantas, charuteiro assumido, não suporta cigarro, “é uma mania fedorenta e nervosa, o charuto não, o bom charuteiro não traga e nem fuma quando está nervoso,. Fumar um bom charuto é praticamente um ritual, poucas pessoas experimentam este prazer e abandonam, tenho certeza que não causa nenhum dano a saúde”, comentou.
Ao contrário do que os charuteiros afirmam, mesmo não tragando a fumaça dos charutos pode causar câncer de língua ou da faringe, um exemplo claro disso é a quantidade de ocorrências da doença em Cuba. Segundo o Ministério da Saúde, o cigarro contribui para 22% da mortalidade geral, 30% para a de origem cardiovascular, 30% para o câncer e 30% para as doenças respiratórias. Está associado a doença dos vasos e do coração, bronquite crônica, enfisema, câncer de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral, esôfago, pâncreas e bexiga.
Entretanto, bons charuteiros recomendam todo um processo para “degustar” um bom “puro”.
Veja as dicas:
– Fumar um charuto deve ser sempre um prazer, mas é um prazer que se aprende. O melhor de um charuto não se obtém imediatamente.
– Os charutos não foram feitos para satisfazer o vício do tabaco. Constituem um prazer para os olhos, para o nariz, para o palato e para o tacto.
– Da forma como for aceso vai depender a qualidade da tiragem.
– O corta-charutos deve trinchar claramente uma secção suficientemente larga para evitar uma concentração nociva de nicotina.
– Deve-se acender um charuto com um fósforo de madeira ou um isqueiro a gás. Primeiro, virá-lo lentamente, deixando-o queimar levemente a ponta, depois dando duas ou três fumaças continuando a virá-lo e por fim soprando um pouco na extremidade incandescente. O charuto, impecavelmente aceso, exalará um fumo azul, subtil.
– O fumo do charuto não deve ser inalado. É suficiente e plenamente satisfatória a sensação deixada pelo gosto do fumo na boca.
Janildo Silva
ClickPB
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