Em queda

Ações do Facebook caem após investigação de vazamento de dados relacionado a campanha de Trump

Por volta das 14h (horário de Brasília), os papéis do Facebook recuavam 7%, vendidos a US$ 172,02, afetando o índice Nasdaq (-2,61%)

Ações do Facebook caem após investigação de vazamento de dados relacionado a campanha de Trump

Este é um dos maiores vazamentos de dados na história do Facebook — Foto:Reprodução

As ações do Facebook operavam em queda nesta segunda-feira na abertura de Wall Street, afetadas pelas revelações sobre o uso pela empresa Cambridge Analytica de dados pessoais de milhões de usuários da rede social.

Por volta das 14h (horário de Brasília), os papéis do Facebook recuavam 7%, vendidos a US$ 172,02, afetando o índice Nasdaq (-2,61%).

Neste domingo (18), o Facebook informou que está investigando o vazamento de dados provocado por uma empresa britânica que trabalhou para a campanha de 2016 do presidente americano, Donald Trump. A empresa de consultoria Cambridge Analytica manipulou informação de mais de 50 milhões de usuários da rede social nos Estados Unidos.

A companhia obteve as informações em 2014 e as usou para construir uma aplicação destinada a prever as decisões dos eleitores e influenciar sobre elas, segundo revelaram neste sábado os jornais “London Observer” e “New York Times”.

Depois disso, o Facebook suspendeu a conta da Cambridge Analytica e de sua matriz, Strategic Communication Laboratories (SCL), além de informar que descobriu o vazamento de dados pela primeira vez em 2015.

Este é um dos maiores vazamentos de dados na história do Facebook. Além da queda na Bolsa, a revelação do acesso indevido de dados já provoca repercussões em outros campos. Legisladores britânicos e americanos pediram explicações à empresa. A procuradora-geral do estado de Massachusetts, Maura Healey, abriu uma investigação contra a empresa.

Além da apuração no Congresso americano e no parlamento britânico, o caso poderia gerar uma multa multimilionária para o Facebook. A suspeita é que a empresa teria violado uma regulação da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) que protege a privacidade dos usuários de redes sociais.

Segundo a rede social, Aleksandr Kogan, um professor de psicologia russo-americano da Universidade de Cambridge, acessou os perfis de milhões de usuários que baixaram um aplicativo para o Facebook chamado “This is your digital life” e que oferecia um serviço de prognóstico da personalidade.

Com esse acesso, ele encaminhou mais de 50 milhões de perfis à Cambridge Analytica. Desses, 30 milhões deles tinham informações suficientes para serem exploradas com fins políticos. Ele conseguiu esses dados apesar de somente 270 mil usuários terem dado seu consentimento para que o aplicativo acessasse sua informação pessoal, segundo o “NYT”.

Ao compartilhar esses dados com a empresa e com um dos seus fundadores, Christopher Wylie, Kogan violou as regras do Facebook, que eliminou o aplicativo em 2015 e exigiu a todos os envolvidos que destruíssem os dados coletados.

Entre os investidores na Cambridge Analytica estão o ex-estrategista-chefe de Trump e ex-chefe da sua campanha eleitoral em 2016, Steve Bannon, e um destacado doador republicano, Robert Mercer.

A campanha eleitoral de Trump contratou a Cambridge Analytica em junho de 2016 e pagou mais de US$ 6 milhões a ela.

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